A hidra de Lerna
Λερναίην, ἣν θρέψε θεὰ λευκώλενος Ἥρη
ἄπλητον κοτέουσα βίῃ Ἡρακληείῃ.
καὶ τὴν μὲν Διὸς υἱὸς ἐνήρατο νηλέι χαλκῷ
Ἀμφιτρυωνιάδης σὺν ἀρηιφίλῳ Ἰολάῳ
Ηρακλέης βουλῇσιν Ἀθηναίης ἀγελείης.
A segunda façanha de Héracles sob as ordens de Euristeu foi acabar com a hidra de Lerna.

A Hidra era uma serpente gigantesca e de muitas cabeças, que aterrorizava a região de Lerna, na Argólida. Filha de Equidna e Tífon, tinha por irmãos Cérbero, o cão do Hades; Ortro, o cão monstruoso de Gérion, e a Quimera.
A picada da Hidra era extremamente venenosa e contra o veneno não existia antídoto. Quando uma cabeça era cortada, outra nascia em seu lugar, e além disso uma delas era imortal.
Héracles atacou-a com o auxílio do sobrinho Iolau, filho de seu
Durante a luta, Hera enviou um gigantesco caranguejo para atrapalhar o herói, mas
ele simplesmente
Em versões tardias, a Hidra e o caranguejo foram colocados entre as estrelas, formando duas constelações vizinhas, respectivamente Hydra e Cancer. Hydra é a maior das 88 constelações conhecidas atualmente, e já estava presente no catálogo estelar de Ptolomeu.
A mais antiga referência ao segundo trabalho é a Teogonia de Hesíodo (Hes.
Th.
Iconografia
A mais antiga representação deste trabalho é uma fíbula de bronze do final do século

Diversos vasos de Corinto, da Lacônia e de Atenas, nos dois séculos seguintes, mostram variações da mesma cena. A Hidra tem sempre numerosas cabeças e, com uma certa frequência, Iolau e o caranguejo não aparecem (cena “reduzida”“”).
A métopa que representa esse trabalho no templo de Zeus em Olímpia
Influências
A Hidra inspirou o dragão de sete cabeças e dez chifres mencionado no
Apocalipse de João
(Ap.
E Jorge Luis Borges falou dela em um dos capítulos de seu Livro dos Seres Imaginários (1974).