Helânico
contemporâneo de Heródoto, Helânico (gr.
Sumário
Nasceu em Mitilene e viajou, muito provavelmente, pelos diversos lugares a respeito dos quais escreveu.
Infelizmente, nada mais sabemos ao certo sobre sua vida (ver Gell.
Obras
Muitas obras atribuídas a Helânico pelos antigos são espúrias. As que foram consideradas de sua efetiva autoria são habitualmente classificadas em três tipos:
A Deucalioneia contém as tradições da Tessália sobre a origem da humanidade, e enumera os descendentes de Deucalião até a época dos Argonautas (Clem. Al. Strom. 6.2.26-7). Na Foroneia, Helânico relata as origens humanas do ponto de vista dos Pelasgos e dos Argivos, desde o tempo de Foroneu até Héracles (D.H.
da Atlântida
Os Troianos é um trabalho mítico e literário sobre os descedentes de Dárdano (
Áticas, o mais extenso trabalho de Helânico, foi mencionado por Tucídides
Sacerdotizas de Hera, mais crônica do que cronologia, contém uma compilação em ordem cronológica do “mandato” das sacerdotizas do heraion de Argos e dos eventos mais importantes que ocorreram durante seus respectivos sacerdócios; a fundação de Roma é mencionada (F
Influência
Grande foi a influência de Helânico em seus contemporâneos e nos historiadores posteriores. É possível que o
Embora tenha abordado principalmente as origens míticas de certas comunidades gregas e bárbaras, Helânico muitas vezes menciona ou descreve fatos eminentemente históricos, alguns deles de sua própria época, mas sempre segundo uma perspectiva puramente local.
De fato, o trabalho de Helânico é uma espécie de transição entre os logógrafos mais antigos e os primeiros historiadores, Heródoto e Tucídides, que foram certamente influenciados por ele. E, segundo Smith (1870, s.v. Hellanicus), sua obra Os Vencedores das Carneias constituiu a primeira tentativa conhecida de se escrever uma história da literatura grega.
Manuscritos, edições, traduções
Todas as obras de Helânico se perderam, mas
Recentemente, novo fragmento da Atlântida (Hellanic. F 19b Fowler) foi descoberto em um dos papiros de Oxirrinco, Egito, e editado por Cavallo em 1967
Não há, ainda, tradução dos fragmentos para o português.