Atlas e as plêiades

Atlas FarneseAtlas Farnese

Atlas (gr. Ἄτλας), filho do titã Jápeto e da oceânide Climene, é comumente e impropriamente chamado de “titã”. Uniu-se à oceânide Plêione e gerou as sete plêiades: Maia, Electra, Taígete, Alcione, Celeno, Estérope e Mérope. Alguns mitógrafos também consideram Atlas pai da ninfa Calipso e das Hespérides.

Atlas e seu irmão Menécio (gr. Μενοίτιος), de quem praticamente nada se sabe, lutaram do lado dos titãs durante a titanomaquia e foram por isso castigados por Zeus, que lançou Menécio ao Tártaro e encarregou Atlas de sustentar a abóbada celeste nos ombros durante toda a eternidade, evitando assim que Urano e Gaia se unissem novamente. Atlas participou também do 11º trabalho de Héracles, o do Jardim das Hespérides.

Todas as plêiades (gr. Πλειάδες), com exceção da mais nova, se uniram a deuses, geraram descendentes e se transformaram em estrelas (catasterismo).

Maia[1], amada por Zeus, gerou o deus Hermes; Electra, também amada por Zeus, foi mãe de Dárdano, fundador da casa real de Troia; Taígete, igualmente amada por Zeus, deu à luz Lacedemon, herói epônimo da Lacedemônia, e Jacinto, amado por Apolo (Ehoiae F 120); Alcione, amada por Posídon, teve Irieu, ancestral da casa real de Tebas; Celeno, também amada por Posídon, foi mãe de Lico e de Eurípilo; Estérope, amada por Ares, deu à luz Enômao, pai de Hipodâmia. Mérope foi a única a se casar com um mortal: Sísifo.

As Plêiades faziam parte, em algumas versões, do cortejo de Ártemis. Depois do castigo de Atlas, elas foram perseguidas pelo caçador Órion, que se apaixonara por elas (ou só por Mérope), e Zeus as transformou em uma constelação, fazendo o mesmo com Órion. E no céu noturno, até hoje, a constelação de Órion segue a constelação das Plêiades...

Dos outros filhos de Jápeto, Prometeu e Epimeteu, trataremos na sinopse sobre a origem da humanidade.

Iconografia e culto

Atlas era quase sempre representado como um homem forte com a abóbada celeste sobre os ombros. As plêiades, assim como as ninfas, eram representadas como belas jovens, notadamente em épocas tardias.