O javali do Erimanto

τέταρτον ἆθλον ἐπέταξεν αὐτῶι τὸν Ἐρυμάνθιον κάπρον ζῶντα κομίζειν·.

Para o quarto trabalho, 〈Euristeu〉 ordenou-lhe trazer, vivo, o javali do Erimanto.

No seu quarto trabalho para Euristeu, Héracles teve que capturar, com vida, um feroz javali. Façanha paralela: luta contra os centauros.

miniaturaHéracles e Folo

Esse javali se escondia no Monte Erimanto, situado no extremo noroeste da Arcádia, de onde atacava e devastava as vizinhanças, matando muita gente. Era gigantesco e de grande ferocidade mas, conforme as ordens de Euristeu, tinha de ser capturado vivo.

No caminho para Erimanto, Héracles hospedou-se na casa do centauro Folo. Filho de Sileno e de uma ninfa melíade, ele era um centauro amigo dos homens, assim como Quíron. Os demais, ao contrário, descendendiam de Íxion e da nuvem e se comportavam de forma intempestiva e selvagem.

miniaturaA luta contra os centauros

Folo abriu um odre de vinho em homenagem ao amigo. Os outros centauros, que viviam por perto, sentiram o forte odor da bebida e um bando deles atacou a casa de Folo em busca do vinho, armados de grandes pedras e galhos de árvore.

Ameaçado, Héracles enfrentou os atacantes e matou todos a flechaços; infelizmente, seu amigo Folo machucou-se acidentalmente na ponta de uma flecha embebida no sangue da Hidra e também morreu.

Após o funeral de Folo, Héracles localizou o javali e encurralou-o em um campo de neve. Depois de cansá-lo, dominou-o e levou-o a Euristeu.

miniaturaHéracles, o javali e
Euristeu

O herói, que não estava lá de muito bom humor com tudo o que acontecera, foi entrando no palácio com javali e tudo. Conta-se que o rei de Micenas assustou-se tanto com o aspecto do monstro que correu a se esconder dentro de um enorme vaso...