Erecteu e os últimos reis atenienses
Em Atenas, um dos filhos de
Depois de Erecteu, Atenas teve uma série de reis pouco expressivos. Teseu e Codro são os únicos que se destacam e, algum tempo após o reinado de Codro, a realeza ateniense deixou de existir.
Crânao
Anfictíon
Erictônio
Pandíon I
Erecteu
Cécrops II
Pandíon II
Egeu
Teseu
Menesteu
Demofonte
Oxintes
Afeidas
Timoetes
Melanto
Codro
A família de Erecteu
Erecteu
Atenas estava em guerra com Eumolpo, rei de Elêusis, e o oráculo de Delfos predisse que os atenienses só venceriam Eumolpo e seus aliados trácios se Erecteu e Praxítea sacrificassem uma filha. Se o rei consentiu no sacrifício, se uma das filha se ofereceu voluntariamente ou se ela e as irmãs, chamadas de hiacíntides (
Erecteu também morreu durante a luta (E. F 370, Paus. 1.38.3) e o trono de Atenas foi para Cécrops II, talvez o único filho de Erecteu. Dois outros filhos, Metíon e Orneu, são no entanto mencionados em algumas fontes (Pherecyd. F 146, Plu. Thes. 34, Paus. 2.25.6) mas, assim como
Há mitos associados às outras filhas de Erecteu. Oritia (gr.
Íon (gr.
Após Erecteu, o trono passou a Cécrops II e depois para o filho dele, Pandíon II. Em versões tardias (Apollod 3.15.5, Paus. 1.5.3), um dos irmãos de Pandíon II, Metíon, conseguiu reinar durante algum tempo e seu sobrinho, Pandíon II, teve que se refugiar em Mégara e se casou com Pilia, filha do rei. Pilia lhe deu quatro filhos, com quem Pandíon II dividiu o território (S. F 24): Egeu, a quem coube Atenas, Lico, Niso e Palas.
Niso se tornou rei de Mégara e morreu quando Minos, rei de Creta, atacou a Ática para vingar a morte do filho[2]. O rei tinha um fio de cabelo púrpura e, segundo um oráculo, morreria se fosse arrancado; então Cila, filha de Niso, se apaixonou por Minos e puxou o fio fatal para
Nessa época Egeu já era rei de Atenas, depois de algumas desavenças com seus irmãos Lico (Hdt. 1.173) e Palas. Teseu, filho de Egeu, reinou depois do pai, mas no final da vida foi exilado e Menesteu, neto de Metíon, se tornou rei. Menesteu conduziu os contingentes atenienses a Troia, embora os filhos de Teseu tenham participado da expedição; dele o trono passou para Demofonte, um dos filhos de Teseu.
Os últimos reis
Não há mitos significativos associados aos sucessores de Demofonte, seu filho Oxintes e seus netos Afeidas e Timoetes. Melanto, natural da Messênia e descendente de Neleu[3], destronou Timoetes, o último dos Erectidas, e iniciou a dinastia dos Melântidas.
Codro (gr. retorno dos heraclidas
, equivalente mítico da vinda dos dórios à Grécia, o oráculo de Delfos profetizou que os invasores venceriam, desde que não matassem o rei de Atenas. Codro então se disfarçou, saiu e provocou uma briga com os soldados inimigos, morrendo durante a refrega. Quando se deram conta da identidade do morto, os heraclidas / dórios desistiram e se retiraram.
Aparentemente, Codro foi o último rei de Atenas.
Iconografia
Erecteu é usualmente mostrado em cenas de vasos que representam o rapto de Oritia, como um homem barbado com cetro, às vezes como um velho entristecido.
Variantes principais
Para Castor (F 4), Cécrops II era irmão de Erecteu, e não seu filho.
Segundo Aristóteles (Ath. 3), o cargo de arconte teria sido criado no reinado de Médon ou no de Acasto, descendentes de Codro, que teriam desistido de seus poderes em favor dos arcontes. Segundo Pausânias (7.2.1), Médon foi o primeiro arconte de Atenas, e não um dos últimos reis. E para Plutarco (Thes. 25), foi Teseu quem cedeu o poder monárquico ao povo.
Fontes, representações, culto, influência