Os oráculos

Alguns santuários adquiriram grande renome graças a um serviço especial prestado pela divindade ou herói local aos seus fiéis: a transmissão de conselhos e predições.

miniaturaO Apolo Belvedere

A esses locais os gregos davam o nome de μαντεῖον e os romanos, de oraculum.

O oráculo era, na Grécia Antiga, o mais importante e o mais prestigioso meio de comunicação entre deuses e homens; a resposta da divindade às consultas de seus fiéis eram, no entanto, quase sempre enigmáticas. Ela era transmitida por meio de sinais ou através de uma espécie de transe que acometia um sacerdote ou sacerdotiza e, invariavelmente, requeria alguma interpretação.

As consultas eram apresentadas por indivídulos, póleis e até mesmo por reis estrangeiros, como Creso, rei da Lídia (Hdt. 1.46). Alguns oráculos eram "gerais", isto é, recebiam todo tipo de consulta; outros eram especializados, como por exemplo os templos da cura de Asclépio e de Anfiarau, que orientavam os fiéis em questões de saúde e doença.

O costume de consultar divindades em sua residência terrena, isto é, no templo em que era cultuado, é antiquíssimo e possivelmente tomou forma durante o Período Arcaico, em razão de influências orientais e egípcias.

Dentre os numerosos oráculos gregos, o mais antigo, segundo a tradição, era o dedicado a Zeus em Dodona, norte da Grécia. O santuário de Apolo em Delfos, sede do mais famoso oráculo da Antiguidade, também é muito antigo, bem anterior a -750.