Catálogo das Mulheres

Catálogo das mulheres (gr.
O anônimo autor deve ter florescido entre o final do século
O poema descreve de forma sumária e em hexâmetros dactílicos diversos mitos de heróis e heroínas, arranjados de forma genealógica, que cobrem praticamente toda a idade heroica da antiga Grécia. A linguagem é formular e se caracteriza pela recorrência da fórmula
Para
Aparentemente o autor imaginou a genealogia dos mortais como uma continuação da Teogonia hesiódica, que termina com um catálogo de deusas que se uniram a homens mortais — Circe e Calipso, por exemplo, tiveram filhos com Odisseu. Os dois últimos versos da Teogonia são, na verdade, os dois primeiros versos do Catálogo das Mulheres.
Enorme foi a influência do poema na estruturação da Biblioteca do
Estrutura
Segundo a Suda (s.v.
Referências aos mitos do Catálogo podem ser encontrados nos Períodos Helenístico e
Passagens selecionadas
Edições e traduções
Além dos 56 versos do Livro IV que o poeta do Escudo de Héracles imitou (F 139 Most), temos, no entanto, somente fragmentos de tamanho e importância varíavel, totalizando pouco mais do que um quarto do poema. O livro I é o menos mal conhecido.
O primeiro a reunir os fragmentos de Hesíodo foi Heinsius (1603), mas o editor que organizou os fragmentos de forma mais sistemática foi
Marckscheffel (1840). Depois da edição de Rzach (31913), a mais útil foi a de
Em português, dispomos apenas da tradução dos primeiros 56 versos (Torrano, 2000) e de algumas curtas passagens em artigos e trabalhos acadêmicos, e.g. o