Após a prematura morte de Alexandre III, “o grande” (-356/-323), seus
sucessores, os diádocos e epígonos, começaram a dividir o enorme império.
Todas as tentativas de manter os vastos territórios unidos, no entanto,
fracassaram.
Cópia romana de escultura
helenística
Entre -284 e -277, depois de longas disputas e diversas
guerras, estabeleceram-se as três grandes “monarquias helenísticas”: a dos
selêucidas (Ásia Menor, Mesopotâmia e Pérsia), a dos antigônidas
(Macedônia e Grécia) e a dos lágidas (Egito e Palestina). Do reino selêucida
emergiram, após -262, o pequeno reino dos atálidas, a Bitínia e a
Capadócia, todos localizados na Ásia Menor.
Os gregos bem que tentaram livrar-se do domínio macedônico; mas nem a
Guerra Lamiana (-323/-322), nem as coalizações de cidades gregas
formadas ao longo dos anos (Liga de Corinto, Liga Aqueia, Liga Etólia) tiveram sucesso.
As cidades gregas nunca mais estiveram totalmente independentes.
A cultura grega ou helênica, no entanto, foi levada pelos soldados de Alexandre III
a todas as regiões conquistadas e exerceu enorme influência nas culturas locais. O
iônico-ático, dialeto falado em Atenas durante o Período Clássico, evoluiu
para uma forma conhecida por koiné (lit. “comum a todos”) e se tornou a
língua comum de todos os povos helenizados.
O centro cultural do helenismo, no entanto, não era mais o continente grego.
Alexandria, situada na parte oeste do delta do Nilo, havia sido fundada por Alexandre
III em -331 e se tornara a capital grega de Ptolomeu I Sóter. O soberano
construiu monumentos, fundou um museu, uma biblioteca e atraiu à sua corte intelectuais
e artistas de todo o mundo helenizado. Pérgamo, a capital dos atalidas, também se
tornou um pólo cultural importante.
Durante o século -II os romanos entraram na vida dos gregos. Depois da derrota dos
reis macedônios Felipe V e Perseu, os territórios pertencentes ao reino da Macedônia,
inclusive a Grécia, foram anexados pelos romanos. A seguir, em sua irresistível
expansão pelo Mediterrâneo Oriental, praticamente todos os reinos helenísticos foram
dominados; o último deles, o Egito ptolemaico, foi vencido em -31.