O Bronze Antigo no Egeu

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Espirais egeiasEspirais egeias

Durante o Bronze Antigo, o modo de vida das comunidades egeias continuou essencialmente neolítico, a despeito do intensivo contato com as culturas mais avançadas da Ásia Ocidental[1].

Há numerosas evidências de que durante o III milênio aC as culturas do Egeu mantiveram contato entre si e com Chipre, Egito, Anatólia central e lugares distantes como a Bessarábia (norte do Mar Negro), a costa do Mar Adriático e a região do Rio Danúbio (Europa Centro-Ocidental).

Fig. 0114. Impressões de selos e sinetes. A, B: Creta, c. -2000. C: Platano (Creta), c. -2200. D: Troia IIb, -2600/-2250.

Diversas semelhanças podem ser, consequentemente, observadas entre diversos aspectos culturais da Grécia continental, de Creta, das Cíclades, do noroeste da Anatólia e de Chipre: jarros de bico alongado, padrões decorativos em espiral — uma das marcas registradas da arte egeia da Idade do Bronze —, alfinetes para roupas, selos, fortalezas, túmulos abobadados, armas, etc.

Nota-se, até o final do terceiro milênio, um leve predomínio da cultura cicládica, embora a arqueologia demonstre que os núcleos culturais do Egeu, de forma geral, tiveram grande homogeneidade nessa época.

Todas as culturas egeias prosperaram durante a o Bronze Antigo, mas Troia e as Cíclades exibiram, particularmente durante certos períodos, sinais de extraordinária riqueza. As Cíclades, devido à sua posição estratégica em relação a todos que precisavam atravessar o Egeu; Troia, situada no noroeste da Anatólia, perto do Helesponto[2], em razão do acesso direto às rotas terrestres da Ásia Ocidental e às rotas marítimas do Egeu.

Sabe-se muito pouco, infelizmente, a respeito da religião de qualquer uma dessas culturas. É provável, no entanto, que a deusa-mãe neolítica e o touro tivessem ainda importância considerável.