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Equidna e outros monstros

Equidna ao lado de duas leoasEquidna ao lado de duas leoas

Muitos monstros perigosos e nocivos afligiram a humanidade, em diferentes épocas; aos poucos, foram sendo derrotados pelos diversos heróis e desaparecem.

As primeiras gerações divinas tiveram diversas entidades poderosas e assustadoras, porém eram apenas personificação de aspectos selvagens e violentos da natureza em seus instáveis primórdios. Os “monstros” propriamente ditos, por outro lado, eram feras espantosas, violentas e perversas, nocivas à humanidade.

Como de hábito, os antigos gregos procuraram acomodar esses monstros, genealogicamente, entre os membros das mais antigas famílias divinas. Segundo a tradição, eles vieram da linhagem de Fórcis, gerados através de Equidna, ou da linhagem de Tártaro, gerados através de Tífon.

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Equidna (gr. Ἔχιδνα), era um monstro metade mulher, metade serpente. Não possui lenda própria, mas de suas uniões nasceram diversos monstros que afligiram a humanidade e, eventualmente, foram vencidos pelos heróis.

Dentre os filhos de Equidna com Tífon, filho de Gaia e Tártaro,

  • Ortro (gr. Ὄρθρος) era o monstruoso cão de Gérion, gigante tricéfalo morto por Héracles;
  • Cérbero (gr. Κέρβερος), o feroz cão de três cabeças que guardava a porta do Hades, vencido e amansado por Héracles;
  • a Hidra de Lerna (gr. Λερναία Ὕδρα), a serpente de múltiplas cabeças derrotada por Héracles;
  • Quimera (gr. Χίμαιρα), o monstro com corpo de cabra, cabeça de leão e cauda de serpente que deitava fogo pela boca e assolava a Lícia, derrotado e morta por Belerofonte.
miniaturaEsfinge

A prole de Ortro e Equidna consistia na faminta Esfinge (gr. Σφίγξ) que devorava os cidadãos de Tebas e foi derrotada por Édipo, e pelo feroz e invulnerável Leão de Nemeia (gr. Λέων τῆς Νεμέας), derrotado e morto por Héracles.

Iconografia e culto

Equidna era sempre representada com a cauda em forma de serpente e a esfinge, com cabeça de mulher, corpo de leão e asas. Boa parte das representações se inspira em animais fantásticos popularizados na cerâmica grega do Período Orientalizante.

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