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Íris e as harpias

Divindades gregas que personificam, respectivamente, o arco-íris e o vento furioso das tormentas.

miniaturaÍris (ou Nice)

Iris e as harpias descendem de Gaia através de duas linhagens: são filhas de Taumas, da linhagem de Ponto, e da oceânide Electra, da linhagem de Urano e dos titãs.

Íris (gr. Ἶρις) personifica o arco-íris e, na época dos deuses olímpicos, tornou-se a mensageira[1] pessoal de Zeus e, especialmente, de Hera. Aparece como personagem secundário em numerosos episódios lendários.

As harpias (gr. Ἅρπυιαι, lit. ‘agarradoras’) eram originalmente simples espíritos do vento, capazes de agarrar pessoas. Posteriormente, seu número foi fixado em três e receberam nomes: Aelo, Ocípete e Celeno.

i0665. Genealogia de Íris e harpias

Entidades aladas e ferozes, as harpias raptavam crianças e eram capazes de carregar os mortos; participam, principalmente, da lenda de Fineu e dos argonautas, e do mito das filhas de Pandáreo.

As filhas de Pandáreo

Pandáreo (gr. Πανδάρεος) e sua mulher, que viviam na Fócida, haviam morrido, punidos pelos deuses, e deixaram suas duas filhas órfãs e sem parentes que por elas velassem. Os deuses tomaram-nas sob sua proteção e Afrodite, em especial, cuidava delas constantemente.

Certo dia, porém, durante uma ausência momentânea da deusa, as harpias arrebataram as moças e entregaram-nas às Erínias, que as escravizaram.

Fontes, representações e culto

Íris e as harpias são brevemente mencionadas, em numerosos textos antigos. As principais fontes sobre as filhas de Pandáreo são a Odisseia (20.66-78) e Pausânias (10.30.1), que diz ter visto uma pintura de Polignoto representando as duas.

Íris tinha sempre nas mãos o kerykeion, bastão que caracterizava arautos e mensageiros. As harpias eram representadas como mulheres aladas, ou monstros com corpo de ave, garras afiadas e cabeça de mulher; sua imagem era muitas vezes colocada ao lado de túmulos.