Eurípides / Andrômaca

Tragédia datada dos primeiros anos da Guerra do Peloponeso,
representada provavelmente em
Nada sabemos dos outros dramas da tetralogia de Eurípides, nem a premiação. Na hipótese
atribuída a Aristófanes de Bizâncio, a frase
Hipótese
Andrômaca, após a queda de Troia, foi escravizada e se tornou
concubina de Neoptólemo, filho de Aquiles, que viajou para o Santuário de Delfos.
Hermíone, sua esposa, ajudada por Menelau, maquina a morte da rival, pois ela foi
capaz de dar um filho ao marido. Peleu aparece a tempo e salva Andrômaca e o bisneto.
Surge Orestes, antigo noivo de Hermíone, que pretende
Dramatis personae
Andrômaca viúva de Heitor, concubina de Neoptólemo
Coro mulheres da Ftia
Hermíone filha de Menelau e de Helena, esposa de Neoptólemo
Menelau pai de Hermíone, rei de Esparta, irmão de Agamêmnon e tio de Orestes
[Molosso] filho de Andrômaca e de Neoptólemo
Peleu pai de Aquiles, avô de Neoptólemo, bisavô de Molossso
Orestes primo de Hermíone, filho de Agamêmnon e de Clitemnestra
Tétis uma das nereidas, ex-esposa de Peleu, avó de Neoptólemo
Ama de Hermíone
Serva
Mensageiro
Mise en scène
A cena se passa na Ftia, Tessália, não muito longe da casa de Neoptólemo. Ao
fundo,
O protagonista fazia os papéis de Andrômaca, de Orestes e do Mensageiro; o deuteragonista, o de Menelau, o da Ama e o de Tétis; o tritagonista representava Hermíone e Peleu.
Resumo
A tragédia tem 1288 versos, distribuídos em 56 páginas da edição de Diggle (1984), na qual se baseia este resumo.
No prólogo
No primeiro episódio
O idoso Peleu entra em cena no terceiro episódio
Hermíone e a Ama lamentam a situação de Hermíone, que teme a reação do ausente Neoptólemo e quer se suicidar, mas é impedida pela Ama. Surge Orestes, a quem Hermíone revela sua desdita e seus temores; ele a tranquiliza, promete levá-la consigo e anuncia ter tramado, por vingança, a morte de Neoptólemo (quarto episódio,
No êxodo
Passagens selecionadas
Manuscritos, edições e traduções
A Andrômaca é uma das nove tragédias presentes na primeira família de manuscritos de Eurípides, a que tem escólios[1]. O mais antigo manuscrito com a tragédia completa é o Marcianus gr. 471, da Biblioteca de São Marcos, Veneza (sæc. XII); da mesma época é o Parisinus gr. 2713, da Biblioteca Nacional de Paris, e Diggle (1984) lista ainda mais uma dezena de mmss. mais recentes. Cerca de 50 versos da tragédia foram conservados, no entanto, em antigo manuscrito dos séculos
A editio princeps é a de Lorenzo di Alopa, editada em Veneza no fim do século XV; a primeira edição isolada foi a de Hermann (Leipzig, 1838, infra). Edições mais recentes da tragédia são as de Kamerbeek (Leyden, 1955), Scatena (Roma 1956), Stevens (Oxford 1971), Garzya (Leipzig, 1978) e Lloyd (Warminster, 1994).
Em português, dispomos da excelente tradução de José Ribeiro Ferreira (Coimbra, 1971), primeira e única até o momento.