Eurípides / Troianas
Tragédia de Eurípides com 1332 versos, apresentada nas Dionísias Urbanas de
Troianas (gr.
As outras tragédias, Alexandre e Palamedes, assim como o drama satírico Sísifo, se perderam.
Argumento
Após a queda de Troia, as mulheres são escravizadas e aguardam o embarque para os novos lares. Taltíbio, o arauto, anuncia à desesperada Hécuba que Polixena, sua filha, será sacrificada, e que seu neto Astiánax será morto; posteriormente, o corpo de Astiánax é entregue a Hécuba e a Andrômaca. Helena, mantida entre as cativas troianas, tenta se reconciliar com Menelau enquanto espera o embarque, a despeito dos esforços de Hécuba.
Personagens do drama
Mise en scène
A cena se passa no acampamento dos gregos na planície troiana, não muito distante da cidade de Troia, que arde em chamas. No centro, a tenda das escravas troianas.
O protagonista fazia o papel de Hécuba; o deuteragonista, o de Posídon, Taltíbio e Menelau; e o tritagonista representava Atena, Cassandra, Andrômaca e Helena.
Resumo
Os 1132 versos da tragédia se distribuem em mais ou menos 50 páginas da edição de Barlow (1986), na qual este resumo se baseia.
Prólogo. Posídon (
Párodo. Coro (153-234).
1º episódio. Taltíbio, Hécuba, Cassandra (235-510).
1º estásimo. Coro (511-567).
2º episódio. Andrômaca, Hécuba, Taltíbio (568-798).
2º estásimo. Coro (799-859).
3º episódio. Menelau, Hécuba, Helena (860-1059).
3º estásimo. Coro (1060-1117).
Êxodo. Taltíbio, Hécuba, corpo de Astiánax (1118-1132).
Passagens selecionadas
Manuscritos, edições e traduções
Os manuscritos de Troianas pertencem à primeira família, a das peças selecionadas. As três fontes mais importantes são o Codex graecus 909 ("V", fim do sæc. XIII) e Codex Palatinus Graecus 287 ("P", início do sæc. XIV), ambos atualmente conservados na Biblioteca do Vaticano; e o Harley 5743 ("Q", fim do sæc. XV), da British Library, Londres.
Editio princeps: a Aldina (Veneza, 1503). Principais edições isoladas da tragédia: Grégoire e Parmentier (Paris, 1925); Taccone (Torino, 1937); Schiassi (Firenze, 1953); Biehl (Leipzig, 1970); Lee (Basigstoke and London, 1976); Barlow (Warminster, 1986).
Traduções para o português: Rocha Pereira (1996), Christian Werner (2004), Jaa Torrano (2018) e Trajano Vieira (2021). Uma adaptação moderna da peça, da autoria
de