O estilo orientalizante na cerâmica
Contatos frequentes entre mercadores gregos com Chipre, Síria e Assíria desde meados do século
Sumário
Por volta de
Diferenças regionais entre os estilos de cerâmica se acentuaram, a despeito das intensas trocas comerciais; em algumas regiões (e.g. Beócia, Lacônia e norte da Jônia), os motivos geométricos mantiveram a dominância até meados do
O protocoríntio
Os especialistas discriminam, grosso modo, três fases: a antiga
Além da adoção dos animais fantásticos e dos padrões florais, alguns artesãos transpuseram os detalhes incisos das peças de metal e das joias orientais para a cerâmica. Essa técnica, denominada “figuras negras”, iria dominar a decoração cerâmica grega por mais de um século.
Na primeira fase, o geométrico recente ainda tem influência, mas as incisões que expõem a cor da cerâmica e realçam detalhes anatômicos das figuras escuras começam a aparecer. Frisos miniaturistas com cenas de ação e animais míticos (Fig. 0186) se tornam frequentes na segunda etapa e, na última, a pouca variedade de motivos deixa a decoração um pouco monótona. Aparecem, finalmente, alguns vasos em forma de animais.
Os frisos pintados depois de
O protoático
O estilo tem importância praticamente regional. Na Ática, os vasos eram bem maiores do que os coríntios e o estilo dos desenhos, mais naturalista e mais expressivo.
As cenas com figuras humanas eram frequentes, menos esquemáticas, de grande tamanho e menos detalhes incisos; algumas delas, passada a influência geométrica inicial, são desenhadas em fundo claro. Há também três fases: a antiga
Na primeira fase
O estilo “cabra selvagem”
Na Grécia Asiática, quando o estilo geométrico cedeu em meados do século
Esse estilo, denominado da “cabra selvagem” devido à grande frequência desses animais nos frisos, era proeminente nos ateliês de Rodes, Samos, Clazômenas, Mileto, Esmirna e Quios, principalmente.
Náucratis e o litoral do Mar Negro aparentemente não eram centros produtores, todavia muitos vasos desse estilo foram lá encontrados pelos arqueólogos.
O período antigo vai de
Outros estilos orientalizantes
Nos demais territórios gregos, a fase orientalizante é menos proeminente, embora alguns estilos locais e algumas obras se destaquem. Os vasos com figuras humanas e narrativas míticas da Argólida, da Eubeia, da Beócia e das Cíclades (e.g. Delos, Tera e Paros) são os mais notáveis. Em Paros eram produzidas as ânforas ditas “mélicas”, decoradas com cenas narrativas de grande tamanho.
A cerâmica decorada da Grécia Asiática tem alguns formatos (e.g. pratos) e temas interessantes, notadamente em Rodes. O estilo Fikellura, de Mileto, é relativamente tardio (c.
Pintores de Chipre, influenciados pela Grécia continental e pelo Oriente, criaram entre
Nos territórios gregos do oeste, a produção de vasos — se ela existiu de forma independente — se confunde com as exportações das póleis do continente grego, que mantinham uma certa ascendência cultural nas suas “colônias” da Magna Graecia.