Jônia

A Jônia incluía ilhas bem próximas à costa e, no continente asiático, vales fertilíssimos adjacentes ao curso de três rios, o Hermos, o Caistro e o Meandro.

miniaturaA antiga ágora de Mileto

Segundo Heródoto (1.142), a Jônia tem ‘o melhor clima do mundo’.

Os gregos começaram a se instalar na região durante o Período Micênico e, no fim do século -VIII, doze importantes póleis se uniram numa espécie de liga de natureza religiosa, a Liga Paniônica. A sede era o templo dedicado a Posídon perto de Mileto, no Monte Mícale.

Quios (842 m2), a mais setentrional das ilhas da Jônia, pode ter sido o berço do lendário poeta Homero, segundo a tradição; produzia, outrossim, um dos mais reputados vinhos da Antiguidade.

A ilha de Samos (476 km2), que dista apenas três quilômetros da costa da Ásia Menor, era bastante montanhosa e se tornou conhecida por causa dos antigos templos dedicados a Hera e do próspero tirano Polícrates (c. -546/-522), que tinha laços de amizade com o Faraó egípcio.

As principais póleis do continente eram: Mileto, perto do Rio Meandro, de onde vieram os primeiros filósofos do Ocidente, Priene, Éfeso, cujo templo dedicado a Ártemis era uma das Sete Maravilhas do Mundo[1], Colofon, Teos, Clazômenas, Didima e Foceia, notável pelos bons portos.

Esmirna, uma das mais velhas cidades da região, ocupada inicialmente pelos eólios, foi posteriormente dominada por jônios exilados de Colofon e mais tarde se tornou um das mais importantes centros urbanos do Período Helenístico.

No interior do continente, mais ou menos na altura de Mileto, viviam os cários[2], povo não grego que se aliou às póleis jônicas durante a revolta contra a dominação persa (-499/-494).