A arte da retórica

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AristótelesAristóteles

A princípio, a oratória não era objeto de estudo, aprendia-se pela prática e seguindo exemplos.

O estudo formal da retórica como uma arte ensinada e aprendida começou em meados no século -V na Sicília, onde surgiu o primeiro manual sobre a Retórica (a “arte de discursar”) de que temos notícia. Pouco sabemos sobre os autores, Córax e Tísias.

Outros surgiriam nos anos seguintes, mas o mais renomado dentre eles é a Arte Retórica de Aristóteles (-384/-322).

Segundo Aristóteles, os discursos dos oradores áticos seguem três modelos básicos:

  1. o deliberativo, que consiste em levantar questões de interesse político;
  2. o epidítico ou "demonstrativo", pronunciado em cerimônias públicas (fúnebres, comemorativas, etc.);
  3. e o judiciário, próprio para acusação ou defesa nos tribunais, em questões de direito privado ou de direito público.

A estrutura dos discursos também é mais ou menos constante e tem:

  1. um proêmio ou introdução (gr. προοίμιον);
  2. uma narrativa ou descrição dos fatos (gr. διήγησις);
  3. a apresentação das provas (gr. πίστεις), com discussão das evidências e eventual refutação dos argumentos e testemunhos apresentados pelo adversário;
  4. e a conclusão (gr. ἐπίλογος) ou peroração.