Antífon

Ἀντιφῶν Antiphon Orator Antiph.
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Antífon ou Antifonte foi mestre de eloquência e logógrafo[1] durante as últimas décadas do século -V.

Alguns eruditos acreditam que Antífon, o orador, e Antífon, o sofista, eram uma só pessoa. Até o momento, porém, a questão continua controvertida.

Biografia

Nasceu de família aristocrática em Ramnunte, Ática, por volta de -480; seu pai se chamava Sófilo. Em -411, Antífon apoiou decididamente o efêmero golpe oligárquico dos Quatrocentos e, logo após a restauração democrática, foi acusado de traição, condenado à morte e executado nesse mesmo ano.

O estilo de Antífon era apurado e um tanto rebuscado, mas altamente eloquente; ele recorria em geral a antíteses para dar relevo às ideias e argumentos. Segundo Tucídides (Th. 8.68), o discurso pronunciado por ele em -411, em sua própria defesa, foi o mais brilhante jamais apresentado diante da Assembleia.

Não bastou, no entanto, para salvar-lhe a vida.

Obras sobreviventes

miniaturaAcusação de envenenamento...

Seis de seus discursos forenses, compostos entre -430 e -411, chegaram até nós. Três, efetivamente, foram apresentados durante processos de homicídio, o que sugere que Antífon era uma espécie de especialista na área criminal: Sobre a morte de Herodes; Sobre o coreuta; Acusação de envenenamento contra a madrasta.

Os demais, conhecidos coletivamente por Tetralogias, são três grupos de quatro discursos escritos para fins didáticos. Cada grupo contém “modelos” com quatro discursos: acusação, defesa, réplica da acusação e réplica da defesa:

  • Primeira tetralogia: um homem é acusado por meio de evidências circunstanciais;
  • Segunda tetralogia: um capaz morto acidentalmente por um dardo é o culpado da própria morte;
  • Terceira tetralogia: homem é culpado da própria morte em briga que ele mesmo provocou.