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Troia VIa-c

-1800 / -1550

Dos oito subníveis encontrados pelos arqueólogos em Troia VI, apenas os três primeiros (VIa-c) correspondem ao Bronze Médio (-1800/-1550).

Há evidências de contatos comerciais intensivos somente com a Grécia Continental e, em pequena escala, com Creta e as Cíclades.

Fig. 0129. Planta da Casa 630. X, sepultura vazia; M, muralha; P, portão. Troia VIa, c. -1800/-1700.

Vestígios de imponente muralha e de um portão foram encontrados na parte leste do estabelecimento, no interior das muralhas da cidadela que seria erguida posteriormente, durante o Bronze Recente.

Os arqueólogos encontraram também as fundações de pedra de uma casa de planta retangular e múltiplas divisões, a Casa 630, com paredes constituídas por fieiras regulares de pequenos blocos de calcário, a noroeste da “Casa dos Pilares”. Parece que a entrada antes ficava na extremidade sul, mas na época em que foi abandonada localizava-se, aparentemente, no lado oeste.

Expressiva quantidade de vasos de cerâmica cinzenta feita na roda de oleiro, com grande variedade de formas e virtualmente idêntica à cerâmica miniana da Grécia Continental, estava presente em todos os níveis do Bronze Médio. Apesar de ter sido encontrada também em Inegöl, sítio arqueológico localizado mais a leste, a origem desta cerâmica é, sem dúvida, a península balcânica, onde começou a ser produzida no final do Bronze Antigo. Alguns exemplares de cerâmica de pintura mate também foram encontrados.

Assim como no Heládico Médio do Peloponeso, na Grécia Continental, ossos de cavalos domesticados foram encontrados em Troia VIa-c. Essa evidência, associada à da cerâmica, parece indicar uma origem comum para as duas populações ou, pelo menos, contatos muito estreitos.