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Sólon de Atenas

Σόλων Solon Lyricus Sol.

Aristocrata, poeta e estadista ateniense, mais conhecido entre nós como legislador do que como poeta lírico.

Vida e obra

Sólon viveu no fim do século -VII e na primeira metade do século -VI, possivelmente entre -640 e -558.

Consta que descendia de Codro, um dos antigos e lendários reis de Atenas, era aparentado ao futuro tirano Psístrato e que foi um dos sete sábios da Grécia. Informações sobre sua vida provêm, no entanto, de suas próprias poesias e de duas outras fontes pouco satisfatórias, Plutarco e Diógenes Laércio.

Parece ter tido um papel político relevante nas disputas entre Atenas e Mégara pela ilha de Salamina, na primeira guerra sagrada entre Delfos e Cirra, e nas disputas internas entre os alcmeônidas e os partidários de Cílon. Segunda a tradição, sempre agiu com firmeza, moderação, sabedoria e integridade; era conciliador por natureza.

miniaturaSólon

Eleito arconte em -594/-593, fez importantes reformas e é, por isso, considerado um dos mais importantes legisladores da democracia ateniense. Instituiu a solidariedade entre as classes sociais e o tratamento justo para cada cidadão; especialmente famosa é a disposição legal que aboliu a escravidão por dívidas. Fez longas viagens após a promulgação de suas leis e consta que, pouco antes de morrer, tentou se opor à tirania de Psístrato.

O famoso encontro que manteve com o rei Creso da Lídia, relatado por Heródoto (Heródoto 1.29-32), é inteiramente fictício.

Além de ser um dos fundadores da democracia ateniense, Sólon foi também o primeiro poeta da Ática. As elegias e versos iâmbicos e trocaicos em que apresenta suas realizações políticas refletem grandes ideais patrióticos, filosóficos e morais.

Os textos

Passagens selecionadas

Edições e traduções

Os poemas de Sólon, de natureza notadamente gnômica, foram parcialmente conservados por diversos autores antigos e editados em muitas coletâneas modernas sobre os poetas líricos. As mais importantes são as de Bergk (1882), Hudaon-Williams (1926), Preime (1940), Ruschenbusch (1955), West (1972) e Mulke (2002).

Vários fragmentos foram isoladamente traduzidos para o português por Falco e Coimbra (1941), Malhadas e Moura Neves (1976), Ribeiro Ferreira (1994) e Rocha Pereira (1998). Barros traduziu, em 1999, todos os fragmentos.