Ifigênia
Filha mais velha de Agamêmnon e Clitemnestra, sacrificada pelo próprio pai para que os gregos conseguissem conquistar Troia.
Quando se formou a seguna expedição contra Troia, as forças gregas se reuniram em Áulis, mas os navios não conseguiam sair do porto, pois Ártemis retinha os ventos favoráveis. Segundo o adivinho Calcas, a deusa havia sido desrespeitada por Agamêmnon e agora ela exigia, como reparação, o sacrifício da filha mais velha do rei.
Agamêmnon hesitou, mas efetivamente sacrificou a filha para que as embarcações gregas pudessem deixar Áulis e atacar a cidadela de Troia. Em outra versão, no último momento a jovem foi salva pela própria Ártemis, substituída no altar de sacrifícios por uma corça, mas aparentemente a família e o exécito grego acreditaram que ela havia morrido e a corça era um sinal de que a deusa aceitara o sacrifício. Em algumas versões, a deusa a salvou e ela foi transformada em Hécate.
Na versão que se tornou canônina, e a deusa
Anos depois da morte de Agamêmnon e Clitemnestra, seu irmão Orestes
Literatura, iconografia e artes
A versão do efetivo sacrificío de Ifigênia foi descrito por Ésquilo no Agamêmnon, e a versão da troca pela
corça por Eurípides, nas tragédias Ifigênia em Táuris e Ifigênia em Áulis. Sua transformação em
Hécate foi mencionada Por Estesícoro (F 38) e pelos autores dos Cantos Cíprios (Procl. Chr.
Passagens selecionadas
A partir da Renascença, Ifigênia e a história de seu sacrifício (especialmente a versão euripidiana) serviram de tema a obras literárias (Dolce, 1545-1551; Coster, 1617; Routrou, 1643; Racine, 1674; Algarotti, 1755), a óperas (Scarlatti, 1713; Glück, 1774), a balés (Le Picq, 1775; Gambuzzi, 1781), a filmes (Cacoyannis, 1977) e inspirou até mesmo uma novela moderna, The Songs of the Kings (Unsworth, 2003).
Uma boa quantidade de imagens do sacrifício de Ifigênia e de seu resgate em Táuris, criadas na Antiguidade, chegaram até nós (cerâmica, mosaicos, esculturas, joias). Também são relativamente numerosas pinturas e gravuras criadas após a Renascença.
Culto
A despeito de seu relevante papel na lenda heroica, Ifigênia era
primitivamente uma divindade
Ártemis e Ifigênia eram cultuadas juntas em diversos santuários, especialmente em Brauron, na Ática, e em Mégara, perto do istmo de Corinto.