Eurípides / Ifigênia em Táuris
Uma das mais importantes tragédias completas de Eurípides, com 1499 versos.
Ifigênia em Táuris — às vezes traduzida como Ifigênia “em Táurida” ou “entre os Tauros” — é uma das poucas tragédias com final feliz.
Deve ter sido representada em Atenas pela primeira vez por volta de
O enredo se baseia em episódio relatado nos Cantos Cíprios, do qual resta apenas breve menção no argumento do poema.
Argumento
Salva por Ártemis em Áulis, quando ia ser sacrificada, Ifigênia
Personagens do drama
Mise en scène
A cena se passa na frente do templo de Ártemis em Táuris, diante do qual há um altar. Cenas de vasos gregos, afrescos e mosaicos romanos (infra) dão ideia bem razoável de como pode ter sido o cenário original.
O protagonista fazia o papel de Ifigênia e de Atena; o deuteragonista, o de Orestes e o de Toas; e o tritagonista representava Pílades e o Mensageiro.
Resumo
A tragédia contém 1499 versos e ocupa cerca de 57 páginas da edição de Cropp (2000), na qual se baseia este resumo.
Edições e traduções
A Iphigenia Taurica está presente na segunda família de manuscritos (L e P) euripidianos e foi publicada no Ocidente pela primeira vez por Musurus (Aldina, 1503).
A primeira edição isolada da tragédia parece ter sido a de Markland (1763) e, no último século, as edições isoladas mais importantes são as de Grégoire (1925), Platnauer (1938), Ammendola (1948), Meerzaldt (1960) e Matthiessen (1964); as mais recentes são as de Diggle (1981), Sansone (1981), Kovacs (2000) e Cropp (2000).
Passagens selecionadas
- Eurípides / Ifigênia em Táuris 1017-50
A tragédia foi traduzida para o português por Marcelo Bourscheid, em 2012; Nuno Rodrigues, em 2014; Jaa Torrano, em 2016; e por Bruno Gripp, em 2023.
Recepção
A Ifigênia em Táuris deixou traços em Aristófanes (Rãs 1-2; Mulheres de Lemnos F 373) e suscitou vários comentários de Aristóteles (Poética, passim). Em
Antiga, curta e anônima “hipótese”, oriunda provavelmente das Histórias de Eurípides (sæc.