Com exceção de Crono, Reia, Oceano e Tétis, os demais titãs e titânides têm
apenas importância genealógica e, eventualmente, cultual.
Têmis
Todos eles participaram da titanomaquia, a guerra que colocou Zeus no poder.
A titânide Têmis (gr. Θέμις) personificava a ordem e as leis
imutáveis e eternas, e por extensão, a justiça mais elevada. Foi, posteriormente,
uma das consortes de Zeus e mãe das horas. Segundo alguns mitógrafos,
inventou os oráculos e rituais religiosos; algumas versões afirmam que no oráculo de
Delfos, antes da chegada de Apolo, era ela a deusa das profecias, e não Gaia.
Mnemósine (gr. Μνημοσύνη), outra
titânide, personificava a memória e tornou-se, posteriormente, consorte
de Zeus e mãe das musas.
Hipérion (gr. Ὑπερίων, ‘o que caminha no
alto’) era, provavelmente, uma divindade pré-helênica ligada ao sol, à
luz do sol ou, possivelmente, o próprio sol. Unido à irmã Teia (gr.
Θεία), gerou Selene, a lua; Éos, a
aurora; e Hélio, o sol. Na época de Homero, o sol era já personificado por Hélio e
“Hipérion” era apenas um epíteto (Ilíada 8.480).
Jápeto (gr. Ἰαπετός) uniu-se a uma
sobrinha, a oceânide Climene (Ásia, em outras versões) e gerou Menécio, Atlas, Prometeu e Epimeteu;
de sua linhagem surgiriam, mais tarde, os mortais.
Crio (gr. Κρεῖος) uniu-se à sua
meia-irmã Euríbia, filha de Ponto e Gaia, e gerou Palas (gr. Πάλλας),
Perses (gr. Πέρσης) e Astreu (gr. Ἀστραῖος),
entidades também de importância puramente genealógica.
Ceos (gr. Κοῖος) uniu-se à irmã
Febe (gr. Φοίβη) e
gerou Letó, mais tarde um dos amores de Zeus, e Astéria (gr.
Ἀστερία), que se casou com Perses, filho de Crio e Euríbia.
Diversos descendentes desses titãs têm também importância apenas genealógica e muitos desempenham papéis figurativos ou secundários nos mitos.
Iconografia e culto
Têmis, mostrada como uma senhora de aspecto severo, era adorada em Ramnunte
(Ática), no santuário de Nêmesis.
Ao contrário do que consta em algumas fontes, o Mosaico de Mnemosine
não representa a titânide Mnemosine.