O mito de Perseu
Uma das mais conhecidas lendas gregas sobre o combate entre um mortal e um terrível
monstro, vencido graças à ajuda dos deuses, é a de Perseu (gr.
Perseu era longínquo descendente de Ió, a sacerdotiza de Hera seduzida por Zeus; sua bisavó, Hipermestra, foi a única dentre as danaides que não matou o marido.
Acrísio, o avô de Perseu, reinava em Argos e era irmão gêmeo de Preto, rei de Tirinto[1], o que sugere ser Argólida a região onde a lenda se desenvolveu. Perseu era filho de Zeus e de Dânae, filha de Acrísio.
A mais importante e certamente a mais antiga das aventuras de Perseu é a derrota de Medusa, uma das terríveis górgonas, decapitada pelo herói; outras, situadas cronologicamente antes ou depois dessa façanha, têm relação direta com algumas outras lendas, reunidas aqui para tornar o relato mais coerente.
Fontes
As mais antigas menções a Perseu e suas aventuras estão na Ilíada
Iconografia e culto
A aventura de Perseu entre as górgonas aparece entre as mais antigas cenas
narrativas dos vasos gregos, no final do século -VII; as demais foram representadas
apenas em obras de arte dos séculos
Perseu era cultuado como herói em vários locais, e.g. Argos, Micenas, Atenas e Sérifos (Paus. 2.18.1); Heródoto (Hdt. 2.91) informa que havia um templo com uma estátua de Perseu em Chemnis (Panópolis), no Egito.
Literatura e arte
O mito de Perseu inspirou grande quantidade de obras literárias, como um drama satírico de Ésquilo e tragédias de Sófocles e de Eurípides, entre os antigos, que chegaram a nós fragmentadas e incompletas.
Entre os autores modernos, citemos as
tragédias La fabula de Perseo, de Lope de la Vega (1621) e Andromède, de Pierre Corneille (1650), e a