Pã
Provavelmente um antigo deus da fertilidade ligado à natureza e ao pastoreio.
Sua ascendência é um tanto nebulosa, mas era considerado, em geral, filho de Hermes e de uma ninfa, ou da filha de Driopos, uma mortal (hino a Pã). Tinha chifres, orelhas e pernas de bode, e vivia nas montanhas e florestas da Arcádia caçando, cantando, dançando e perseguindo as ninfas, com escasso sucesso — Sírinx, Eco, Pitis, pelo menos, escaparam dele —. Às vezes participava do cortejo que acompanhava Dioniso, e tinha mais sucesso com as mênades.
Quando perturbado no calor do
A ‘flauta de Pã’ (gr.
Pã tocava a flauta com grande maestria e ensinou essa arte a outros, como Dáfnis,
por exemplo (hinos homéricos
Segundo Heródoto (6.105), o deus foi visto pelo ateniense Fidípides durante as guerras médicas, pouco antes da batalha de Maratona, e prometeu incutir terror nos persas, se os atenienses o reverenciassem. Vencida a batalha pelos atenienses, seu culto foi instituído em uma gruta localizada no sopé da acrópole de Atenas.
Fontes e literatura
As principais fontes são o hino homérico a Pã, Heródoto
Na literatura moderna, Pã inspirou muitas obras, entre elas a novela The Great
God Pan, de Arthur Machen (1890), o romance Pã, de Knut Hamsun (1894) e
poemas de Percy Shelley
Iconografia e culto
Pã era sempre representado, tanto na cerâmica como na escultura, conforme a descrição supra. É possível que a tradicional imagem cristã do Diabo, com chifres e pés de bode, tenha sido inspirada por ele.
O deus era cultuado e tinha templos e altares em toda a Grécia, especialmente na
Arcádia, perto de grutas e no sopé de montes e montanhas. No templo de