As guerras médicas
foram uma série de conflitos bélicos entre as póleis gregas e os persas, sucessores dos
assírios e dos medos[1] na Ásia Ocidental, entre -490 e -480/-479.
Luta entre gregos e persas
Após a derrota da Lídia frente aos persas (-546, provavelmente), as cidades gregas da Jônia passaram ao domínio do Império Persa. Em -499, com o apoio de Atenas e Erétria, revoltaram-se, mas foram vencidas entre -497 e -494.
Alguns anos depois, em -490, o rei persa Dario I (-522/-486) decidiu enviar ao continente grego uma expedição punitiva; Erétria foi arrasada e saqueada, mas os atenienses e plateenses, chefiados por Milcíades (-550/-489), conseguiram rechaçar os persas na planície de Maratona.
Dez anos depois (-480), Xerxes (-486/-465), filho de Dario I (-522/-486), comandou uma invasão à Grécia em grande escala, com milhares de soldados e uma poderosa frota. Algumas cidades gregas, lideradas por Atenas e Esparta, formaram uma coalização para enfrentar o invasor; outras, como Tebas, submeteram-se aos persas.
Xerxes e Dario I
Inicialmente, os persas venceram os gregos nas Termópilas e em Artemision; a seguir, invadiram e saquearam Atenas. Pouco depois, no entanto, a frota ateniense comandada por Temístocles (-524/-459), conseguiu destruir a frota persa em Salamina e mudou o rumo da guerra.
Meses mais tarde, o exército da coalização grega, comandado pelo espartano Pausânias (-510 ?/-467), venceu o exército persa em Plateia; outra parte do exército e o restante da frota persa foi derrotada em Mícale, na mesma ocasião, e com isso a invasão de Xerxes foi contida.
Os gregos conseguiram, certamente, impedir a presença dos persas em seu território; eles continuaram, porém, influindo no relacionamento entre as póleis gregas durante todo o Período Clássico.