Arquíloco
μηδὲ νικηθεὶς ἐν οἴκωι καταπεσὼν ὀδύρεο,
ἀλλὰ χαρτοῖσίν τε χαῖρε καὶ κακοῖσιν ἀσχάλα
μὴ λίην.
Vencendo, não exultes em público
e nem, vencido, pranteies em casa, estirado;
alegra-te com prazeres e aflige-te com sofrimentos,
mas não em demasia.
Na Antiguidade, o mais conhecido representante da poesia iâmbica.
Arquíloco (gr.
Arquíloco adaptou a poesia épica a novas formas, mais naturais. Compôs inúmeros iambos satíricos, alguns bastante ferinos, e também canções sensuais. Os versos transbordam espontaneidade, sentimento e uma certa rebeldia em relação aos valores estabelecidos. Mencionou muitos eventos políticos contemporâneos
Seus poemas logo se tornaram muito populares: faziam parte do repertório dos
rapsodos e eram cantados frequentemente nos concursos públicos de poesia. Os antigos
Edições e traduções
Os poemas de Arquíloco, na Antiguidade, foram organizados em quatro grupos:
elegias, trímetros iâmbicos, tetrâmetros trocaicos e epodos. Os mais apreciados
eram, aparentemente, os epodos, que compreendiam um hexâmetro ou ou trímetro
iâmbico, mais dois ou três versos mais curtos. Infelizmente,
As coletâneas mais antigas são as de Jacobs (1794), Gaisford (1820), Liebel
(21819) e Bergk
Passagens selecionadas
Há várias traduções de fragmentos selecionados de Arquíloco em Falco e Coimbra (1941), Malhadas e Moura Neves (1976), Rocha Pereira (1998) e Cunha Corrêa (1998, 2010). Em 2008, Martins de Jesus traduziu e reuniu todos os fragmentos então conhecidos em um só volume.