Platão / Íon
O diálogo pertence ao primeiro grupo dos diálogos de Platão e relata a conversa entre Sócrates e Íon de Éfeso, rapsodo muito conhecido em Atenas.
Sumário
Não sabemos a data exata da composição. A partir de diversas informações
contidas no texto é possível, contudo,
Os rapsodos
Os rapsodos, ao contrário dos aedos, declamavam e recitavam versos que não eram de sua própria autoria nos concursos das numerosas festas e solenidades religiosas das póleis gregas.
Sua atuação era frequentemente comparada à dos atores: empunhando uma espécie de
bastão (gr.
Embora declamassem obras de vários poetas, as epopeias homéricas constituíam o repertório principal dos rapsodos.
Sinopse
O diálogo ocupa apenas 19 páginas da edição de Méridier (1931), utilizada aqui.
Os dois únicos personagens são Sócrates e Íon de Éfeso.
Íon,
O filósofo, inicialmente, comenta a afirmação do rapsodo de que seu talento se
aplica somente a Homero. Após apresentar seus argumentos, conclui que Íon deveria ser
igualmente hábil em todos os poetas que, em suas obras, falam dos mesmos assuntos. Íon,
porém, conta que os demais poetas lhe dão sono
século -iii/-ii
Após mencionar artes como a da pintura, da escultura e da música, afirma que é a
inspiração divina que produz as obras dos bons poetas épicos e líricos
Sócrates aprofunda seus argumentos e concede ao rapsodo a decisão final; o próprio Íon
reconhece, finalmente, que sua atuação se dá por inspiração divina
Manuscritos, edições e traduções
Os principais manuscritos que contêm o Íon vêm de duas linhas de transmissão. Os da primeira são o Cod. Venetus Marcianus gr. app.
classis IV 1, de
Passagens selecionadas
A editio princeps é a aldina (Veneza,
Edições padrão modernas do texto isolado: a de Albert Rijksbaron (
O Íon foi isoladamente traduzido para o português por Victor Jabouille (1988), Henrique Murachco (1991), André Malta (2007), Marcus Mota (2010) e Cláudio Oliveira (2011).