Tirteu

Τυρταῖος Tyrtaeus Elegiacus Tyrt.

Tirteu, assim como Calino e Arquíloco, é um dos mais antigos poetas líricos conhecidos[1].

miniatura Atena na guerra de Troia

Dele só sabemos, praticamente, que se dedicou à elegia guerreira.

Tirteu (gr. Τυρταῖος) está ligado à “segunda guerra messênia” que, caso tenha realmente ocorrido (Osborne, 1996, p. 177-8), aconteceu em meados do século -VII. Segundo escritores antigos, entre eles Platão, Tirteu era de Atenas, mas se tornou cidadão de Esparta (Leis 629a); outros, como Estrabon, consideram-no nativo de Esparta (Geografia 6.3.3).

De qualquer modo, Tirteu compôs elegias (gr. ἐλεγεῖα) guerreiras, que exortavam os espartanos à vitória, e cantos marciais, para marcha, em versos anapésticos (gr. ἀνάπαιστα). Seus poemas, em dialeto iônico, mostram constante influência de Homero.

Os fragmentos de Tirteu provêm, notadamente, de testemunhos antigos e de alguns papiros conservados nos museus. As principais edições modernas são as coletâneas isoladas de Klotz (Bremen, 1764), Franke (1816), Didot (Paris, 1826) e Bach (Leipzig, 1831), e as coletâneas gerais de Bergk (Berlin, 1882), Hudaon-Williams (1926) e West (Oxford, 1972).

Alguns fragmentos foram traduzidos para o português por Falco e Coimbra (1941), Rocha Pereira (1998) e Celina Lage.