Aristófanes de Bizâncio
Erudito helenístico,
Sumário
Um dos mais importantes intelectuais do mundo antigo.
Vida e obra
Viveu entre
Sucedeu Eratóstenes como bibliotecário por volta de
Suda α 3933, 3936, 3892; POxy. 1241 col. ii; várias citações, e.g. Ateneu 6.241f e 14.664a.
Aristófanes preparou edições de Homero, da Teogonia de Hesíodo, de Píndaro, de Alceu e de Álcman; também trabalhou com aspectos da obra de Sófocles, Eurípides, Aristófanes, Menandro e Íon de Quios, pelo menos. As primeiras edições de Píndaro e de Aristófanes são de sua autoria.
Compilou um léxico de palavras pouco utilizadas, escreveu sobre personagens cômicos, provérbios e animais; preparou também listas dos melhores poetas antigos, o que ajudou o cânone dos poetas do Período Clássico a tomar forma. E há evidências sobre alguns outros de seus trabalhos.
A ele são atribuídos uma série de argumentos e resumos (hypótheseis) de tragédias e comédias que, nos manuscritos medievais, antecedem os dramas. A atribuição se deve, talvez, a comentários e notas que Aristófanes acrescentava a suas edições, possivelmente baseadas em trabalhos de Calímaco e de Dicearco, discípulo de Aristóteles.
Consta que inventou os sinais de acentuação e marcas para assinalar interpolações e outras aparentes impropriedades no texto dos manuscritos. Aristófanes parece ter sido, também, o primeiro editor a separar sistematicamente os versos dos poetas líricos nos manuscritos.
De suas obras restam apenas fragmentos e alguns comentários, estes usualmente dispersos entre os escólios dos poetas dramáticos e líricos. As “hipóteses” a ele atribuídas acompanham manuscritos de tragédias e comédias e se caracterizam pelos comentários sobre qualidades do drama e outros aspectos dramáticos. É possível que esses pequenos textos tenham sido apenas inspirados e/ou baseados em seus trabalhos.
Manuscritos, edições e traduções
Passagens consideráveis de algumas obras estão presentes nos mss. Parisinus suppl. gr. 1164 e Parisinus gr. 1630, da Biblioteca Nacional de Paris, e Laurentianus 80,13, da Biblioteca Laurenciana de Florença, todos do século XIV. As principais fontes secundárias são Eustácio, Erotiano, Pólux, Élio Dionísio, Eliano e vários estudiosos bizantinos.
Edições: August Nauck (Halle, 1848: quase completa) e William Slater
Há somente traduções esparsas dos argumentos dramáticos em vários dramas traduzidos para o português.