A literatura helenística
Com o deslocamento dos centros de cultura grega para o
Oriente no final do século
Poetas e escritores que nos séculos precedentes haviam composto suas obras para os cidadãos de suas póleis, após as conquistas de Alexandre III na Ásia e África, passaram a escrever para um público culto extremamente variado e de diversas nacionalidades.
A proteção concedida pelos monarcas helenísticos aos intelectuais em geral, somada à amplitude de horizontes que somente o contato entre diferentes povos e culturas é capaz de promover, permitiu o aparecimento de novos gêneros literários e a revitalização de outros, mais antigos, ora adaptados ao gosto de um novo público.
Com a criação das grandes bibliotecas em Alexandria, Pérgamo e Antióquia —
verdadeiras cidades universitárias —,
Mas foi graças ao trabalho dos eruditos alexandrinos que, entre outras coisas, se desenvolveram a filologia e a crítica literária, e as mais importantes obras literárias gregas foram reunidas, editadas e, após longo caminho, chegaram até nós.
Dos gêneros literários mais cultivados durante o Período Helenístico, os mais característicos foram a comédia nova, a poesia erudita, a poesia bucólica, o mimo e o epigrama; a historiografia e a “literatura” filosófica e científica tiveram também grande expressão.