Os médicos homéricos
Adivinhos à parte, os médicos dos poemas homéricos eram
Esse prestígio foi imortalizado pelas palavras do herói Idomeneu ao veterano Nestor, na Ilíada (
Os conhecimentos médicos, a princípio exclusividade dos deuses imortais, haviam sido transmitidos aos mortais graças a Quíron, o centauro educador de heróis. Dois dentre os alunos de Quíron, pelo menos, aprenderam com ele as artes médicas: Asclépio e Aquiles.
Além de Aquiles, Homero conta que estiveram em Troia os seguintes médicos: Podalírio e Macaon, filhos de Asclépio, e Pátroclo, filho de Menetes, amigo dileto de Aquiles. Os filhos de Asclépio aprenderam a medicina com o próprio pai; Pátroclo, com o amigo Aquiles.
A medicina praticada pelos ciência
eminentemente prática, restrita ao tratamento das feridas de guerra. Em várias
passagens da Ilíada, porém, Homero deixa claro que esses médicos tinham também
muitos conhecimentos referentes ao uso de plantas medicinais, úteis para o tratamento
de ferimentos e em outras situações.
A Odisseia traz também algumas passagens interessantes. A mais notável delas
relata a visita de Telêmaco a Menelau, em Esparta, quando Helena coloca no vinho uma
substância euforizante, de origem egípcia, 'calmante da dor e do ressentimento'
(Od. 4.
Por outro lado, a Odisseia traz um dos mais antigos testemunhos sobre o uso de
magia com fins terapêuticos. Em