Hefesto
Deus do fogo, dos metais e da metalurgia, patrono dos ferreiros, artífice sem igual.
Suas oficinas eram os vulcões, onde trabalhava auxiliado pelos ciclopes e
por criadas de ouro ‘em tudo semelhantes a moças vivas’ (Ilíada
Divindade
Ao contrário dos demais deuses, belos e fisicamente perfeitos, Hefesto era feio e coxo.
Hera e Hefesto
Há duas versões para sua deformidade. Em uma delas, tentou defender Hera durante
uma das inúmeras discussões com Zeus e o pai dos deuses, encolerizado,
Na versão mais popular, sua mãe ficou tão assustada com sua deformidade que o jogou fora do Olimpo logo depois de nascer, para que os outros deuses não o vissem. Ele caiu no mar, mas foi salvo pela oceânide Eurínome e pela nereida Tétis, que mais tarde o criaram.
Mais tarde, já crescido, Hefesto se vingou de Hera
Dioniso não teve grandes dificuldades em
Outros mitos
Hefesto, para compensar a feiúra, tinha uma bela esposa. Há uma certa controvérsia quanto à identidade dela: a Ilíada e Hesíodo contam que era uma das três Cárites; segundo a Odisseia, sua consorte era Afrodite, que aliás o traía sistematicamente com Ares. Certa vez, conta o poeta da Odisseia, Hefesto preparou uma rede que prendeu os dois amantes e expôs a infidelidade de Afrodite perante os outros deuses.
Além dos episódios do retorno e da infidelidade, Hefesto participa de outros mitos. Os mais importantes são o de Pandora, o de Prometeu, o do nascimento de Atena, o da armadura de Aquiles e o de Erictônio.
Iconografia e culto
Hefesto era representado normalmente como um ferreiro e seus atributos eram o machado e a tenaz. O tema do deus retornando ao Olimpo, embriagado e montado em um burrico, foi exaustivamente explorado pelos pintores de vasos. Um pouco menos frequentes são as representações do nascimento de Atena e da entrega das armas de Aquiles.
Do Renascimento em diante, Hefesto e Afrodite, ou Afrodite e Ares surpreendidos por Hefesto, foram tema de vários pintores, escultores e desenhistas, e.g. Tintoretto (c. 1551), Luca Giordano (c. 1670) e François Boucher (sæc. XVIII).
Somente em Atenas ele era cultuado de forma regular. Aliás, o célebre theseum de Atenas, um dos templos gregos mais bem conservados, era, na realidade, um templo dedicado a Hefesto — um hephaesteum, portanto.