Éter e Hemera
Personificações da luminosidade que emergiu do Universo primitivo, antes dominado somente pelas trevas.
Sumário
Origem e natureza
Éter (gr.
Do gênero masculino, Éter é a luminosidade pura e brilhante da região superior da atmosfera, próxima à abóbada celeste; os poetas arcaicos e clássicos às vezes mencionam “éter” com o sentido de “céu”, lugar onde ficam Zeus e outros deuses.
Hemera personifica a claridade do dia, ou melhor, a luz que se vê logo acima da terra e alterna com a escuridão da noite. Em grego, o substantivo é do gênero feminino.
Hemera habita o Tártaro juntamente com Nix e troca diariamente de lugar com a mãe: quando uma entra, a outra sai. Um poeta lírico anônimo (adesp.
Não há mitos associados a Éter e Hemera.
Não há evidências decisivas de que Éter e Hemera tenham sido representados ou cultuados na Antiguidade. Há, no entanto, duvidosa representação de Éter no Grande Altar de Pérgamo
Hesíodo, Teogonia
Variantes
Baquílides
A teogonia órfica em Aristófanes (Aves
Segundo [Higino] (Histórias prefácio
Nos poemas órficos (e.g. Teogonias
Recepção
O hino órfico nº 5 (sæc. I-III) é dedicado a Éter.
Platão, Aristóteles, Plotino e filósofos posteriores trataram “éter” como um dos elementos da natureza. Para Aristóteles, ele era um “quinto elemento” (denominado posteriormente “quintessência”) que preenchia o espaço entre a terra e as estrelas. Na Idade Média, “éter” era a matéria intangível que preenchia o Universo acima da esfera terrestre e, até o final do século XIX,
Inspirado nos conceitos medievais, o químico Wilhelm G. Froben deu o nome de “éteres” a uma classe de compostos químicos orgânicos, utilizados até pouco tempo atrás para anestesia durante as cirurgias.
Alguns significados da palavra portuguesa
Em 1884, o pintor