Baquílides
Baquílides é, juntamente com Píndaro, o único poeta lírico dos Períodos Arcaico e Clássico de quem possuímos poemas completos.
Sumário
Até há alguns anos,
À parte algumas farpas (
Biografia
Baquílides nasceu por volta de
Assim como Simônides e Píndaro, compunha por encomenda e teve patronos de vários locais da Grécia, especialmente dos vencedores de competições atléticas nos festivais gregos.
De acordo com Plutarco, Baquílides viveu algum tempo exilado no Peloponeso e, antes, pode ter passado algum tempo
junto ao tirano Hieron I de Siracusa (fl.
Sua última obra datável é de
As mais importantes são Estrabon
Obras sobreviventes. Sinopses
Baquílides era o oitavo poeta do cânone alexandrino de nove poetas líricos e seus poemas foram agrupados pelos eruditos da biblioteca de Alexandria em nove livros, de acordo com o tipo: Ditirambos, Peãs, Hinos, Prosódias, Partênions, Hipórquemas, Epinícios, Cantos Eróticos e Encômios.
Chegaram a nós 14
Apenas um livro pôde ser, até o momento, reconstituído em parte; os demais são abordados em conjunto:
Os epinícios, embora mais simples do que os de Píndaro, mostram ideias claras e linguagem mais direta, menos elaborada. Seu talento narrativo era considerável e conseguia “estruturar os versos de forma complexa e sofisticada sem ser obscuro” (Svarlien, 1999).
Alguns dos ditirambos que chegaram até nós contêm partes dialogadas. Embora representem provavelmente uma forma de arte mais evoluída do que a dos ditirambos primitivos, dão uma pequena ideia de como a tragédia e a comédia podem ter evoluído a partir de formatos corais mais simples.
Papiros, edições e traduções
Não há manuscritos de Baquílides, somente papiros e citações. O mais importante dos papiros está conservado no Museu Britânico: o “papiro de Baquílides” (PLondon 733), datado do século II e descoberto no Egito em 1896. A editio princeps desse papiro é a de Frederic Kenyon (London, 1897). Outro papiro relevante é o POxy. 2363 (sæc. III).
As edições modernas trazem um ou outro poema quase completo e os fragmentos em conjunto. As mais importantes são as de David Campbell (Loeb, 1992), Jean Irigoin (Paris, 1993) e
A primeira tradução de algumas citações antigas, de António José Viale (1868), é anterior à descoberta do papiro de Londres.
Em 2014, Martins de Jesus traduziu todas as odes e fragmentos conhecidos. Uma seleção delas foram também traduzidas em 2018 por Rezende Silva em seu doutorado.