A lírica coral
A ode coral data do século
A poesia coral era originalmente apresentada em festas religiosas e, no final do Período Arcaico,
Havia acompanhamento musical, mas a voz humana em coro era o ator principal da apresentação.
Cantos corais antigos
O mais antigo canto coral que sobreviveu e apenas um trecho é
um partenion de Álcman. O partenion era um canto entoado por um coro
composto de moças solteiras, acompanhado de dança e, possivelmente, também por
instrumentos musicais. Partenion vem de
Havia muitos outros tipos, a maioria pouco representada nos fragmentos que chegaram a nós: hino designava genericamente um canto aos deuses; o peã era um canto em honra de Apolo; o treno, canto fúnebre; o hipórquema, canto acompanhado de dança agitada; o himeneu era cantado nos casamentos; o encômio era o canto de elogio a um homem ilustre; o prosódion, um canto para procissões. De algumas outras modalidades, como o nomo, sabemos muito pouca coisa...
O ditirambo
De origem asiática, o ditirambo foi introduzido na Grécia provavelmente como
parte do culto a Dioniso. No século
No fim do século -VI, parece, o coro se dividia em dois grupos e, enquanto um dos grupos cantava parte de um poema relativo às aventuras de Dioniso, o outro “respondia” com outra parte. Posteriormente, o ditirambo passou a celebrar também outros deuses e heróis.
A mais antiga referência ao ditirambo é um fragmento de Arquíloco da
metade do século
Simônides de Ceos, Baquílides e Píndaro, entre outros, compuseram ditirambos; infelizmente, nenhuma composição completa chegou até nós.
O epinício
O epinício é o tipo de ode coral que melhor conhecemos. Era acompanhado em
geral pela cítara
Segundo a tradição, o epinício foi "inventado" por Simônides de Ceos, mas a modalidade foi cultivada especialmente por Baquílides e por Píndaro, que compuseram grande parte de seus versos em honra dos vencedores de jogos atléticos em suas diversas modalidades, como corrida, luta, arremesso de pesos, corrida de cavalos, etc.
A estrutura básica era mais ou menos a seguinte: invocação dirigida a uma divindade ou à cidade do vencedor; elogio do vencedor; relato mítico relacionado com a festa, com a família ou com a cidade do vencedor; e, finalmente, comentários e conselhos morais, frequentemente inspirados pelo mito.
Poetas corais antigos
Os mais importantes poetas líricos corais que antecederam Píndaro e Baquílides foram
Álcman de Esparta, Estesícoro de Hímera e Íbico de Régio.
Segundo a tradição, Terpandro, o citarista, também compôs poesia coral, porém nenhum poema ou fragmento autêntico chegou até nós. Simônides de Ceos, mais conhecido por seus epigramas, foi também um importante poeta coral, mas as únicas composições de sua autoria que chegaram até nós foram os epigramas.