Luciano / Diálogo dos mortos

Diálogos dos Mortos (gr.
O diálogo luciânico e, em especial, o dos Mortos, é o exemplo mais acabado
do gênero literário conhecido por “sátira
A obra se compõe de 30 diálogos curtos nos quais interagem, além de Hades, senhor do mundo subterrâneo, Hermes, o deus que conduz os mortos ao reino de Hades e Caronte, o barqueiro que transporta os mortos através do rio Estige, algumas das figuras mais importantes e famosas da mitologia e da história da Grécia Antiga.
Os diálogos giram em torno de Diógenes e de Menipo, dois falecidos filósofos da escola cínica que constantemente questionam os outros mortos e expõem com corrosiva ironia a inconsistência de suas ideias e atitudes durante a vida. “Menipo não poupa ninguém” (Scheel 2003).
Resumo
Eis uma lista de todos os diálogos (a ordem varia um pouco, conforme o manuscrito e a edição):
Passagens selecionadas
Edições e traduções
Diálogos dos Mortos é um texto sempre presente nas edições completas de
Luciano e, dada sua popularidade, quase sempre nas edições parciais. Não tenho
conhecimento de edição isolada do texto. A primeira tradução para o português é a de
Américo da Costa Ramalho (1989);
Influência
Esta obra de Luciano inspirou várias imitações durante os séculos XVII e XVIII, especialmente na Inglaterra (e.g. Lyttelton, 1760), Estados Unidos (e.g. Beasley, 1814) e na França (e.g. Fontenelle, 1683 e Fénelon, 1700).