Sólon de Atenas
Aristocrata, poeta e estadista ateniense, conhecido entre nós mais como legislador do que como poeta lírico.
Sumário
Vida e obra
Sólon viveu no fim do
século
Consta que descendia de Codro, um dos antigos e lendários reis de Atenas, era aparentado ao futuro tirano Psístrato e que foi um dos sete sábios da Grécia. Informações sobre sua vida provêm, no entanto, de suas próprias poesias e de duas outras fontes pouco satisfatórias, Plutarco e Diógenes Laércio.
Parece ter tido um papel político relevante nas disputas entre Atenas e Mégara pela ilha de Salamina, na primeira guerra sagrada entre Delfos e Cirra, e nas disputas internas entre os alcmeônidas e os partidários de Cílon. Segundo a tradição, sempre agiu com firmeza, moderação, sabedoria e integridade; era conciliador por natureza.
Eleito arconte em
Fez longas viagens após a promulgação de suas leis e consta que, pouco antes de morrer, tentou se opor à tirania de Psístrato.
O famoso encontro que manteve com o rei Creso da
Lídia, relatado por Heródoto (Heródoto
Além de ser um dos fundadores da democracia ateniense, Sólon foi também o primeiro poeta da Ática. As elegias e versos iâmbicos e trocaicos em que apresenta suas realizações políticas refletem grandes ideais patrióticos, filosóficos e morais.
Edições e traduções
Os poemas de Sólon, de natureza notadamente gnômica, foram parcialmente conservados por
diversos autores antigos e editados em muitas
coletâneas modernas sobre os poetas líricos. As mais importantes são as de Bergk (1882),
Passagens selecionadas
Vários fragmentos foram isoladamente traduzidos para o português por Falco e Coimbra (1941), Malhadas e Moura Neves (1976), Ribeiro Ferreira (1994) e Rocha Pereira (1998). Barros traduziu, em 1999, todos os fragmentos.