Teócrito / Mimos

Εἰδύλλια Idyllia Theoc. -275 / -260
O pastor TitirosO pastor Titiros

Os mimos de Teócrito são parte de seus idílios (gr. εἰδύλλια). Diversos idílios contêm diálogos, mas somente quatro deles podem ser considerados mimos. É possível classificá-los, grosso modo, em duas categorias: os idílios II e III são líricos e os idílios XIV e XV são dramáticos. Teócrito, diferentemente de Herondas, utilizou versos hexâmetros na composição de seus mimos.

Resumo

II. As feiticeiras
Simaíta, traída por seu amado, procura reconquistá-lo através de encantamentos. Enquanto efetua os procedimentos mágicos, entoa um longo canto.
III. Lamento
Um pastor de cabras confia seus animais ao amigo Titiro e se põe a lamentar e cantar diante da gruta da ninfa Amarílis, por quem está apaixonado. A ninfa não responde.
XIV. O amor de Ciniscas
Dois amigos, Ésquines e Tionico, se encontram e conversam; o primeiro conta que sua amante, Ciniscas, está apaixonada por outro homem, e que pretende se alistar no exército de Ptolomeu.
XV. As mulheres na festa de Adônis
Gorgo e Praxínoa, duas siracusanas que residem em Alexandria, conversam sobre maridos, servas e filhos. Resolvem ir até o palácio real, onde será celebrada uma festa dedicada a Adônis; atravessam a custo a multidão e, enquanto esperam a apresentação da cantora, são repreendidas por falarem demais.

Passagens selecionadas

Manuscritos, edições e traduções

Os dois manuscritos mais importantes para os idílios de Teócrito são o Ambrosianus 222, da Biblioteca Ambrosiana de Milão, e o Vaticanus 915, da Biblioteca do Vaticano, ambos do sæc. XIII.

As primeiras edições modernas foram a Aldina, em 1495/1496, e a de Zacharias Kalliergis, com 36 idílios e 19 epigramas, publicada em Roma em 1516 e guardada na biblioteca do Monastério de Dionísio, Monte Athos. A edição moderna básica é a de Bergck (1878/1882); dentre as mais acessíveis estão a de Edmonds (1912), a de Legrand (1946), utilizada aqui, e a de Gow (1952).

Os idílios de Teócrito têm sido traduzidos para o português desde 1791. As traduções mais recentes podem ser encontradas em antologias como a de Rocha Pereira (1998), que traduziu os vv. 1-99 do Idílio XV, e a de Rodrigues (2000).