Doxografia e fontes da filosofia grega
Bem cedo os filósofos e outros eruditos sentiram a necessidade de estudar, de forma organizada, o pensamento de seus antecessores. A História da Filosofia nasceu na própria Grécia e, desde o final do século XVIII, constitui uma disciplina autônoma dentro da Filosofia.
Um sério problema para os historiadores modernos são as numerosas obras filosóficas hoje perdidas. Muitas vezes a única fonte sobre a doutrina de um filósofo antigo são os trechos transcritos pelos antigos comentadores e historiadores da Filosofia.
O próprio Aristóteles
Os doxógrafos
O iniciador da prática de coligir e descrever as doutrinas dos filósofos e das
escolas filosóficas foi Teofrasto doxógrafos
.
Também em outras áreas do conhecimento, o termo doxografia (lat. testimonia) passou a designar uma coleção de escritos de um determinado autor, citados, mencionados ou resumidos por autores posteriores, ou apenas uma informação dada por eles a respeito de outro autor ou de sua obra.
Além de Teofrasto, outros doxógrafos importantes na área de filosofia são:
Sócion de Alexandria
Fontes
É relativamente grande o número de autores e obras gregas conhecidos apenas através de antigos testimonia.
Com exceção da obra de Platão
Os fragmentos, no entanto, representam apenas uma fração mínima das obras originais e muitas vezes são citados em contexto difícil de interpretar.
Eis as fontes mais importantes dos fragmentos filosóficos, em grego ou em tradução para o latim:
- Pré-socráticos
- Platão
(-429/-347) , Aristóteles(-384/-322) , Plutarco (sæc. II), Clemente de Alexandria(150/215) , Hipólito de Roma(170/235) , Diógenes Laércio(200/250) , Estobeu (sæc. V), Simplício (sæc. VI); - Doutrinas helenísticas
- Cícero
(-106/-43) , Lucrécio(-99/-55) , Sêneca(-5/65) , Marco Aurélio(121/180) , Diógenes Laércio(200/250) .