Jogos ístmicos
O Istmo se estende até o Golfo de Mégara e é notável por um templo de Netuno e pelos jogos celebrados a cada cinco anos[1] (...) Esses jogos, interrompidos pelo tirano Cípselo, foram reinstituídos com solenidade pelos Coríntios nos tempos antigos, na 49ª olimpíada.
Os jogos ístmicos (gr.
História
Os primeiros jogos no Istmo datam de
Antes dos jogos, era instituída uma trégua para que todos pudessem participar
(Paus. 5.2.1). Eis uma prova da seriedade dos organizadores: em
Os romanos foram admitidos em
No início do século VI, as pedras do santuário foram pilhadas para a construção de uma fortaleza e da muralha do Istmo.
Competições e prêmios
As competições ocorriam mais ou menos 15 km a leste de Corinto, no santuário de Posídon, na parte
mais estreita do istmo de Corinto, no bosque de pinheiros consagrado ao deus próximo dos templos de Posídon e
de Melicertes. A parte mais antiga do grande templo
de Posídon foi datada de
Segundo a lenda, em tempos remotos os jogos ístmicos eram de natureza fúnebre, tendo sido instituídos por Sísifo, em homenagem ao seu sobrinho Melicertes. Segundo outra versão, foram estabelecidos por Teseu, em honra de Posídon, ou para celebrar sua vitória contra Círon e Sinis, dois bandoleiros do Istmo de Corinto.
Havia competições atléticas, como o pancrácio e o boxe, corridas de cavalos e de carruagens, como nos jogos de Olímpia, e também um concurso musical que admitia concorrentes de ambos os sexos. Certa vez, a poetisa Aristômaca de EriTroia[3] ganhou o prêmio (Plu. Quest. conv. 675b).
O prêmio dos vencedores, como em Olímpia, era puramente simbólico — coroas de aipo, mais tarde de folhas de pinheiro —, mas em geral as póleis tratavam muito bem seus cidadãos premiados... Consta que em Atenas havia uma lei, atribuída a Sólon, que concedia aos vencedores dos jogos ístmicos, além das honras de praxe, um prêmio adicional de 100 dracmas.