Xenófanes
O primeiro erudito a enfrentar diretamente a teologia de sua época; exerceu grande influência nos filósofos posteriores.
Sumário
Biografia e doutrina
Era filho de Déxio (ou Ortomenes) e nasceu em Cólofon, na Jônia, por volta de de
Sua principal atividade era, aparentemente, a poesia, mas alguns de seus poemas
têm importante conteúdo filosófico. Ao contrário dos milesianos, escrevia sempre em
versos, dos quais nos restam diversos fragmentos. Xenófanes, aliás, é o primeiro dos
filósofos
Embora Aristóteles tenha atribuído a ele a fundação da escola eleática de filosofia, representada por Parmênides, Zênon e Melisso, não há dados seguros que apóiem essa afirmação. O pensamento de Xenófanes, além disso, tem semelhanças muito superficiais com o dos eleatas.
A importância de Xenófanes para a Filosofia reside principalmente no espírito crítico e no ceticismo com que encarava o antropomorfismo e moralidade das divindades gregas, e também as limitações do conhecimento humano.
Através de seus versos, criticou asperamente o hábito humano de representar as divindades à sua própria semelhança e foi, também, o primeiro filósofo grego a postular a possível existência de um deus único.
Contribuição à astronomia
Segundo Xenófanes, havia sóis e luas em número infinito; o Sol e os astros provinham das nuvens.
Fragmentos, edições e traduções
A fonte dos fragmentos de Xenófanes é muito variada, mas a maior parte vem de
Ateneu (sæc.
A primeira edição dos fragmentos é a de Henri Estienne (Henricus Stephanus),
publicada em 1573. Depois vieram as coletâneas de Brandis (1813), Karsten (1835),
Mulach (1845), Bergk
Das edições recentes, a de Gentili e Prato (1988) é uma das mais usadas.
Passagens selecionadas
Em português, a primeira tradução direta do grego é a de Gerd Bornheim (1967),
seguida pela de Anna Lia A. de Almeida Prado, para o volume
A coletânea de Kirk, Raven e Schofield (41994), que existe em português, traz uma seleção crítica dos fragmentos relevantes das diversas coletâneas.