Os pitagóricos antigos

O pitagorismo mais antigo foi o meio no qual a filosofia pela primeira vez se tornou maneira de viver tanto quanto disciplina de especulação intelectual.

Pitágoras e seus seguidores, os pitagóricos, estão envolvidos em tamanha quantidade de lendas que é muito difícil separar a realidade do mito.

miniaturaComunidade pitagórica celebra o nascer do sol

Pitágoras nada escreveu e muitos eruditos questionam, por uma série de razões, sua existência histórica, mas sem desmerecer a importância do "pitagorismo", doutrina desenvolvida no final do século -VI e atribuída a ele pelos antigos.

As doutrinas dos pitagóricos formavam um complexo amálgama de números, matemática e música, misticismo e cosmologia, além de diversos postulados referentes ao estilo de vida. A maior parte de nossos conhecimentos sobre suas ideias e doutrinas deriva de raros testemunhos antigos e de algumas informações transmitidas por pitagóricos que viveram mais de cem anos depois de Pitágoras.

Os mais antigos pitagóricos são, além do próprio Pitágoras, o filósofo-médico Alcmeon de Crotona (fl. c. -450), mais conhecido por suas teorias médicas, Filolau de Crotona (-470/-390), e Timeu de Locri (fl. -420/-380), personagem do diálogo platônico Timeu , e que pode não ter realmente existido. Os dois mais importantes são Pitágoras e Filolau de Crotona.

O pitagorismo e as comunidades filosófico-religiosas localizadas especialmente na Magna Graecia datam no início do sæc. -V e aparentemente influenciaram Parmênides, Empédocles, Platão e outros filósofos.

Entre os séculos -II e II d.C., i.e., nos dois últimos séculos do Período Helenístico e nos dois primeiros séculos do Período Greco-romano), houve um reflorescimento do pensamento pitagórico, conhecido por neo-pitagorismo.