Melisso de Samos
Filósofo pré-socrático e eleata, influenciado por Parmênides.
Natural de Samos, onde viveu em meados do sæc.
Não há evidência de que tenha sido discípulo de Parmênides; suas ideias, no
entanto, eram fortemente embasadas nos conceitos desenvolvidos pelo eleata. Afirmava
que “o ser” era infinito e de magnitude ilimitada, não tinha princípio ou fim, e não
podia ser destruído, pois é impossível ao “ser”
Melisso foi um pouco mais além das ideias de Parmênides e de Zênon de Eleia, pois
acreditava em um “ser absoluto” (gr.
Seus argumentos utilizavam o sistema de paradoxos de Zênon de Eleia, mas em menor extensão e grau.
Restam apenas fragmentos de sua obra, conservados por Simplício, e alguma doxografia, notadamente em Aristóteles. A primeira edição dos fragmentos e da doxografia de Melisso é a de Brandis (1813); posteriormente, ele foi editado por Pabst (1889).
As melhores coletâneas, no momento, são a de Diels e Kranz (61951) e a de Kirk, Raven e Schofield (41994).
Os fragmentos e a doxografia foram traduzidos para o português por Gerd Bornheim em 1967 e por R. Kuhnen e Ísis L. Borges em 1973.