Eurípides / Íon

Ἴων Ion E. Ion -413
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Templo de Apolo em DelfosTemplo de Apolo em Delfos

Um dos dramas mais surpreendentes e desconcertantes de toda a tragédia grega (Lourenço 1994, p. 14), o Íon (gr. Ἴων) de Eurípides tem 1622 versos. estima-se que esta insólita tragédia tenha participado de um dos concursos dramáticos de -413, aproximadamente, e nada sabemos dos dramas que a acompanhavam.

Íon, assim como outros dramas euripidianos tardios, tem final feliz e suas afinidades com a comédia são consideráveis. O tema da criança abandonada e posteriormente reencontrada pelos pais em um momento crítico, por exemplo, iria ser exaustivamente explorada pela Comédia Nova. Kitto (1990, p. 221), efetivamente, chamou-a de tragicomédia...

Hipótese

Creusa, filha única do falecido Erecteu, rei de Atenas, vai a Delfos em companhia do marido, Xuto, para consultar o oráculo, pois sua esterilidade compromete a sucessão real em Atenas. No templo de Apolo a princesa encontra um adolescente, Íon, que na realidade é filho dela e de Apolo, abandonado por ela mesma anos antes e logo depois encaminhado pelo deus ao seu templo em Delfos. Xuto, após diversas cenas de suspense, é convencido pelo oráculo de que o rapaz é seu filho e, mais tarde, mãe e filho finalmente se reconhecem e seguem para Atenas em companha de Xuto.

Dramatis personae

Hermes filho de Zeus e de Maia, mensageiro dos deuses Íon filho de Creusa e de Apolo Coro servas de Creusa Creusa filha de Erecteu, antigo rei de Atenas, casada com Xuto Xuto filho de Hélen, irmão de Éolo e Doro, marido de Creusa Pítia sacerdotiza de Apolo em Delfos Atena deusa da sabedoria, protetora de Atenas Velho escravo de Creusa Servidor

Mise en scène

A cena se passa em Delfos, diante do templo de Apolo. No cenário, alguma coisa devia representar também o interior do templo, onde ficava o altar do deus. O protagonista fazia o papel de Íon; o deuteragonista, de Creusa; e o tritagonista, de Xuto, do escravo, do mensageiro, da Pítia e de Atena.

Resumo

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Passagens selecionadas

Manuscritos, edições, traduções

Principais edições isoladas da tragédia: Owen (1939), Burnett (1970), Biehl (1979) e K.H. Lee (1997).

Traduções para o português: Pulquério e Álvares (1973), Frederico Lourenço (1994).

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