Mosco e Bíon
Mosco de Siracusa (gr.
Bíon de Esmirna (gr.
Embora chamados tradicionalmente de “idílios”, os poemas bucólicos de Mosco e de Bíon não seguem exatamente esse formato.
Obras e influência
Sob o nome de Mosco temos diversos poemas, um epigrama e fragmentos. Os poemas bucólicos Amor Fugitivo e Europa, em hexâmetros dactílicos, são de sua autoria, porém Mégara e o Epitáfio de Bíon não podem ser dele. Seu estilo, embora simples, prima pelas cenas descritivas e pelo lirismo. Nada de suas obras sobre gramática chegou até nós.
De Bíon nos restam curtos fragmentos com diálogos entre pastores e o poema Epitáfio de Adônis, que a maioria dos estudiosos considera imitação da parte final de um dos mimos de Teócrito, As Mulheres na Festa de Adônis. Não é de Bíon o Epitalâmio de Aquiles e Deidâmia.
Mosco influenciou Bíon, o poeta romano Catulo e muitos poetas posteriores, inclusive
o italiano Torquato Tasso
Edições e traduções
Vários manuscritos tardios contêm os poemas de Mosco e Bíon; um deles, com os idílios de Mosco, é o Laurentianus gr. 32.16 (1280) da Biblioteca Laurenciana de Florença. Os epigramas de Mosco também fazem parte da Antologia Palatina.
A editio princeps de Mosco e Bíon é a Aldina, juntamente com os poemas de
Teócrito (1495); posteriormente, os três foram também publicados por Henri Estiene em conjunto (1556).
Em 1565, Adolphus Mekerchius publicou Mosco e Bíon em grego e em latim, juntamente com Fanoclis e Propércio e os escólios.
Mais tarde os dois foram editados separadamente por Hermann (1849) e Ziegler (1869) e,
em conjunto, por Ahrens (1855) e
Diversos poemas isolados de Mosco e Bíon têm sido traduzidos para o português, em Portugal, desde 1598 e 1799, respectivamente; no Brasil, as primeiras traduções dos dois poetas foram efetuadas por Fabrício Possebon em 2007.