A medicina micênica

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No final da Idade do Bronze, mais precisamente no Período Micênico, provavelmente já existia o culto a divindades curadoras, além de médicos e parteiras em atividade, pelo menos a julgar por algumas evidências pontuais.

miniaturaEsqueleto com fratura
do braço
  • Na tabuinha KN V 52 (Cnossos, c. -1400) foi registrada a palavra 𐀞 𐀊 𐀺 𐀚 (pa-ja-wo-ne = Παιαώνι), 'para Paean', deus da cura mencionado por Homero (Ilíada 5.401-3; 899-904);
  • a tabuinha PY Eq 146 (Pilos, c. -1200) contém a palavra 𐀂 𐀊 𐀳 (i-ja-te = ἰατήρ = ἰητήρ, cf. Ilíada 2.732), ‘médico’;
  • na tabuinha PY Aa 815 (Pilos, c. -1200), a palavra 𐀀 𐀐 𐀴 𐀨 (a-ke-ti-ra = ἀκεστρίς?, [Hipócrates] Da carne 19) tem sido interpretada como ‘parteira’.

A existência de tratamento médico, pelo menos em sentido amplo e limitado à elite dirigente, pode ser inferida do estudo de um esqueleto feminino do túmulo Γ (Micenas, Círculo Tumular B, c. -1550) [Ilum. 1114]. O esqueleto tem sinais de consolidação adequada e não espontânea de fratura complexa do úmero direito, i.e., a fratura foi alinhada e tratada por alguém que sabia o que estava fazendo.