Helenófilos notáveis

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Boa parte da elite romana que viveu nas últimas décadas do Período Helenístico era versada na língua grega e em diversas áreas da cultura grega.

miniaturaCaio Júlio César

Cícero (-106/-43), por exemplo, conhecia muito bem a filosofia e a retórica clássica, e Lúcio Aneu Sêneca (-4/65) inspirou-se em Eurípides para escrever diversas tragédias.

Muitos desses intelectuais romanos eram também políticos de alto escalão, como o próprio Cícero (-106/-43), seu amigo Ático (Titus Pomponius, c. -110/-32) e os imperadores Marco Aurélio (121/180) e Adriano (76/138).

Nenhum mais célebre, no entanto, do que Caio Júlio César (-100/-40), que conhecia muito bem o grego e, de acordo com a tradição, disse suas últimas palavras nessa língua: καὶ σύ τέκνον;, 'tu também, filho?'. César teria exclamado isso[1] ao divisar Marcus Junius Brutus (-85/-42) entre seus atacantes.

Note-se que muitos intelectuais não nascidos em Roma tinham tanto preparo quanto a elite romana e usavam a língua grega para veicular ideias e obras de vários gêneros. Exemplos: Flávio Josefo (37/100), Luciano de Samósata (c. 125/180), o Pseudo-Apolodoro (sæc. I/II), Plutarco (45/125), Pausânias (115/180) e Galeno (129/200), entre outros.

Nesta seção do Portal abordarei os intelectuais não mencionados nas áreas de Filosofia, Mitologia, História, Geografia, Língua, Literatura, Música e Ciências.