A entrada de Atenas
Ao subir do Pireu, vê-se as ruínas das muralhas que Cônon restaurou após a batalha
naval de Cnido[1]; as construídas por Temístocles[2]
depois da retirada dos Medos[3] foram
derrubadas durante o governo daqueles chamados de os Trinta[4]. Há túmulos notáveis pelo
caminho: o de Menandro, filho de Opeito, e o cenotáfio de Eurípides. Eurípides está
sepultado na Macedônia, lá tendo ido para junto do Rei Arquelau; que o modo de sua
morte, que foi contado por muitos, fique de acordo com o que dizem.
1.2.2
Tendo entrado na cidade, há um edifício para a preparação das procissões, que (os
atenienses) preparam às vezes todo ano, às vezes com maior intervalo de tempo. Perto
há um templo de Deméter, estátuas dela mesma e da filha, e de Íaco[5] portando uma
tocha. Está escrito na parede, em letras áticas, que são obra de Praxíteles. Não
longe do templo há um Posídon a cavalo, arremessando a lança no gigante Polibotes;
sobre isso os habitantes de Cós têm um mito, referente ao promontório de Quelone. A
inscrição de nossa época atribui a imagem a outro, e não a Posídon. Dos portões, rumo
ao Cerâmico, há estoás[6] e, diante deles, imagens de
bronze de homens e mulheres que tiveram algum motivo para a fama.
1.2.4