O oráculo dos mortos em Éfira
Ele enviou mensageiros à terra dos Tesprotos, ao Oráculo dos Mortos no Rio Aqueronte.
A busca de informações junto a pessoas mortas era um costume muito antigo, já
documentado na passagem da Odisseia em que o espírito do falecido adivinho
Tirésias é evocado mediante elaborado ritual (Odisseia
Os “oráculos dos mortos” ficavam, em geral, em locais longínquos e de difícil acesso, por onde era possível entrar no mundo dos mortos; na Grécia Antiga, o mais célebre de todos era o necromanteion (gr. νεκυομαντήιον) de Éfira, na Tesprótia, uma região do Épiro.
O necromanteion
Na literatura grega, Heródoto (-484/-425) foi o primeiro a mencionar o oráculo (ver
epígrafe). Os mais antigos vestígios do necromanteion são posteriores a Heródoto
e datam de
A parte central do santuário consistia em uma imponente edificação quadrada com sólidas paredes de pedra de 3,5 metros de altura e 22 metros de largura. Havia um cômodo central, duas alas laterais, cada uma delas com três cômodos e, abaixo da sala central, uma cripta subterrânea talvez a antiga caverna onde pode ter se originado o culto. O interior do edifício, verdadeiramente labiríntico, devia mesmo se parecer com a entrada do mundo subterrâneo. Além do mais, o acesso se dava através de corredores fechados por três imponentes portões os portões do Hades...
Acorriam, de toda a Grécia, visitantes que procuravam entrar em contato com os
mortos.
O necromanteion foi incendiado e destruído pelos romanos em