Tradução dos primeiros versos do longo Hino a Afrodite, que mostra o grande poder e também algumas limitações da deusa do amor.
Conta-me, Musa, sobre os feitos da dourada Afrodite,
de Cípris[1], que nos deuses o doce desejo despertou
e subjugou a raça dos homens mortais,
as aves que pairam no céu e todos os numerosos
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animais que tanto a terra quanto o mar nutrem;
todos são afetados pela ações da Citereia[1] de bela coroa,
mas há três que ela não pode persuadir nem enganar;
à filha de Zeus porta-égide[2], Atena de olhos cintilantes,
pois não lhe agradam os feitos da dourada Afrodite,
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e sim as guerras e o trabalho de Ares,
combates e lutas, e também cuida de coisas esplêndidas.
Ela primeiro ensinou artífices que vivem sobre a terra
a fazer carro〈s e〉 carruagens forjados em bronze,
e às donzelas de pele macia, nos santuários,
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ensinou esplêndidos trabalhos, colocando-os no âmago de cada uma.
E nunca a ruidosa Ártemis da flecha de ouro
Afrodite que ama o riso ao amor forçará,
pois a ela agradam arco e flechas, matar animais nas montanhas,
fórminces, coros, urros altos e lancinantes,
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bosques sombreados e uma pólis de homens justos.
Também não agradam os feitos de Afrodite à respeitável donzela,
Héstia, a quem primeiro engendrou Crono de turvo pensamento,
e também a mais nova, pela vontade de Zeus porta-égide[3],
a senhora, cortejada por Posídon e por Apolo.